Setor essencial para a indústria nacional
A montagem industrial é um dos pilares da engenharia brasileira, responsável por integrar estruturas metálicas, sistemas elétricos e instalações industriais de grande porte — desde usinas e plataformas até plantas petroquímicas, de energia e mineração.
Em 2024, o segmento atingiu um faturamento conjunto de R$ 14,88 bilhões, representando crescimento de 6,3% em relação ao ano anterior e uma alta acumulada de 146% desde 2018.
O desempenho reflete a retomada dos investimentos em infraestrutura energética e industrial, o avanço das obras do Novo PAC e o reaquecimento dos contratos de montagem eletromecânica e manutenção industrial.
Top 20 Maiores Empresas de Montagem Industrial – 2025
| Posição | Empresa | UF | Receita Bruta 2024 (R$ x 1.000) | Variação 2023/24 (%) |
|---|---|---|---|---|
| 1 | TSE Engenharia | SP | 2.190.364 | +34% |
| 2 | CBSI – Companhia Brasileira de Serviços de Infraestrutura | SP | 1.614.517 | +61% |
| 3 | Kaefer Brasil | PR | 1.505.200 | +42% |
| 4 | MIP Engenharia | MG | 1.323.833 | +50% |
| 5 | Telemont | MG | 1.015.000 | +37% |
| 6 | Milplan Engenharia | MG | 1.002.400 | +30% |
| 7 | Enesa Engenharia | SP | 945.000 | +28% |
| 8 | MPE Engenharia e Serviços | SP | 803.718 | +23% |
| 9 | Alfa Engenharia | MG | 713.387 | +67% |
| 10 | Real Estruturas | MG | 537.468 | +37% |
| 11 | Temon Técnica | SP | 494.732 | +25% |
| 12 | Montcalm Montagens Industriais | SP | 481.169 | +36% |
| 13 | GTEL – Grupo Técnico de Eletromecânica | SP | 404.722 | +63% |
| 14 | Planem Engenharia e Eletricidade | SP | 354.795 | +147% |
| 15 | Vision Engenharia | MG | 286.000 | +29% |
| 16 | Tenenge | BA | 244.000 | +31% |
| 17 | Rede Montagens | SP | 198.000 | +26% |
| 18 | Engetecnica Engenharia e Construção | SP | 184.000 | +19% |
| 19 | Hersa Engenharia | MG | 158.000 | +22% |
| 20 | Engecampo Engenharia | RS | 187.374 | +67% |
(Fonte: Revista O Empreiteiro – Ranking da Engenharia Brasileira 2025, págs. 316–318)
Mercado concentrado e competitivo
As seis primeiras colocadas – TSE, CBSI, Kaefer, MIP, Telemont e Milplan – são responsáveis por mais de 50% do faturamento total do setor, com receitas que superam R$ 1 bilhão cada.
Essas empresas operam majoritariamente em montagem eletromecânica, energia, mineração e óleo e gás, consolidando o segmento como estratégico para a industrialização nacional.
O grupo intermediário, formado por Enesa, MPE, Alfa, Real Estruturas, Temon e Montcalm, atua fortemente em contratos de infraestrutura e plantas industriais, mantendo crescimento médio de 30%.
O destaque fica para Planem Engenharia, que registrou alta de 147%, impulsionada por obras no setor elétrico e de telecomunicações.
Empresas que mais cresceram
A tabela de variação entre 2023 e 2024 mostra um cenário de forte expansão.
As empresas com maior crescimento percentual foram:
| Empresa | Crescimento (%) |
|---|---|
| Techint | +257% |
| Planem Engenharia | +147% |
| TK Solution | +77% |
| Alfa Engenharia | +67% |
| Engecampo Engenharia | +67% |
| GTEL Grupo Técnico de Eletromecânica | +63% |
O avanço da Techint, em especial, representa a retomada de grandes contratos EPC (Engineering, Procurement and Construction), reforçando o papel das multinacionais na execução de obras industriais de grande porte.
Segmento de montagem mecânica e elétrica: crescimento sustentado
O gráfico histórico da Revista O Empreiteiro mostra que o faturamento das 20 maiores montadoras subiu de R$ 4,1 bilhões em 2018 para R$ 14,9 bilhões em 2024, um crescimento de mais de 260% em seis anos.
Esse avanço tem três pilares:
- Expansão de projetos industriais e energéticos no Brasil;
- Adoção de novas tecnologias, como automação, digital twins e gestão integrada;
- Demanda crescente por manutenção e retrofit de plantas existentes.
Desafios e perspectivas para 2026
Mesmo com resultados positivos, o setor enfrenta desafios como:
- Escassez de mão de obra técnica qualificada;
- Custos crescentes de insumos e equipamentos;
- E a necessidade de adaptação às normas ESG e de descarbonização.
Para 2026, a projeção é de crescimento entre 7% e 9%, impulsionado por investimentos em energia renovável, fertilizantes, celulose, mineração e petroquímica.
O ranking de montagem industrial de 2025 confirma a força do Brasil na engenharia de execução pesada, com destaque para TSE, CBSI e Kaefer, que lideram um mercado cada vez mais diversificado e tecnológico.
Com a combinação de inovação, produtividade e segurança operacional, as montadoras brasileiras estão preparadas para atender à nova demanda de industrialização e transição energética.





