Depois de quase concluir o sistema de transporte de insumos e produtos siderúrgicos do complexo siderúrgico, empresa é contratada para instalar rede de
umectação dos pátios de carvão.
Em agosto de 2007, a MIP Engenharia assinou contrato com a hyssenKrupp CSA para atuar na construção da nova planta da Companhia Siderúrgica do Atlântico, o complexo siderúrgico que está sendo construído no Distrito Industrial de Santa Cruz, às margens da baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro. Mesmo para uma empresa com tamanha experiência em montagem industrial, tratava-se de um grande desafio. Não só pela gradio-sidade do empreendimento, como pelos desafios técnicos, impostos por um solo irregular, em área de mangue – que a todo o momento exigia reforços para a construção das instalações industriais e utilização de equipamentos de grande porte – como pela dificuldade em obter máquinas, equipamentos e mão-de-obra especializada, em um período de mercado superaquecido. Isso sem falar na movimentação de milhares de homens e máquinas das dezenas de empresa envolvidas no projeto, que impunha uma logística complexa.
Hoje, dois anos após o início das obras, e com quase 90% das obras concluídas, segundo o contrato original, com cerca de 17.773 t de estruturas e equipamentos foram montados. A MIP considera o desafio vencido com amplo sucesso, com cronograma antecipado. Tanto que o contratante ampliou o escopo do seu contrato, transferindo-lhe a responsabilidade da instalação de parte do sistema de umectação dos pátios de carvão. Trata-se de uma rede de 1.300 m de tubulação de aspersão das pilhas de minério nos pátios de armazenamento. A empresa também ficou responsável pela montagem da rede transportadora interligando os silos e a torre de transferência, realocação de uma torre de amostragem, modificação de alguns transportadores. Isso equivale a um acréscimo de 3% em relação ao contrato inicial.
Com o acréscimo, o contrato que seria encerrado em 31 de agosto, fica estendido até 31 de outubro de 2009. Para o engenheiro Jader de Lima Araujo, gerente do contrato, o aditivo ao contrato é prova do reconhecimento da capacidade técnica e de realização da MIP.
Ele explica que o escopo original do contrato consistia na montagem eletromecânica de um sistema de transporte interno completo e Jetty Conveyors, para a movimentação de insumos e produtos siderúrgicos, composto por cinco máquinas empilhadeiras/retomadoras (stackers/reclaimers); de pátio para carvão, minérios e aditivos, 37 transportadores de correia para os pátios de carvão e minérios e dois transportadores de píer (Jetty Conveyors), com seus respectivos componentes e acessórios. Serão 39 correias transportadoras que totalizam mais de 20 km de extensão.
O complexo siderúrgico será composto por uma usina integrada para a produção de 5 milhões de t de placas de aço, uma usina termelétrica com capacidade para gerar 490 MW e um terminal portuário para recebimento do carvão importado e escoamento de toda a produção da usina.
"Até o final de julho, estávamos com cerca 97% de avanço físico da montagem mecânica e em torno de 75% de avanço da montagem elétrica e de instrumentação. Em termos globais, isso dava mais ou menos 89% de avanço geral das obras. A previsão inicial era a da montagem de 16.826 t de estruturas e equipamentos. Mas houve um aumento do quantitativo. Hoje somamos 17.773 toneladas, cerca de 1.000 t a mais de equipamentos que o previsto", calcula Jader. São aproximadamente 3,5 mil t de máquinas, 11 mil t de transportadores e 2,5 mil toneladas de outros equipamentos. Além disso, a empresa está finalizando a montagem de seis subestações elétricas, seus painéis, bandejas, eletrodutos e cabos, que irão superar 1.130 t.
Para fazer frente às necessidades do empreendimento, a MIP teve que mobilizar até 1.300 profissionais, entre mão-de-obra direta e indireta. Esse número foi atingido no pico das obras, em abril deste ano. Hoje, perto da conclusão do contrato, atuam no canteiro 875 profissionais.
O engenheiro reconhece que os maiores desafios enfrentados foram o prazo e o aquecimento do mercado, que dificultam a mobilização de equipamentos, a seleção de profissionais especializados e a motivação permanente da equipe. "Até fevereiro deste ano ainda enfrentávamos problemas com fornecimento de material e equipamentos de construção, por conta do aquecimento do mercado. Hoje a situação se normalizou. E como atravessamos períodos de intensas chuvas, que impactaram os cronogramas das obras civis das estruturas sobre as quais serão instalados os equipamentos do sistema de transporte, enfrentamos também atrasos na liberação dessas frentes de obras", queixa-se Jader.
Para minimizar esses problemas, o engenheiro passou a fazer, quinzenalmente, avaliações do andamento das obras, não seguiu concluir, esse ano, a rota da esteira rolante que vem do porto, abastecendo a coqueria com o carvão e a rota do minério, que sai do virador de vagões até os pátios de estocagem.
Das cinco máquinas Stackers/Reclaimers, três já foram entregues e as duas restantes estão bem adiantadas.
Como especialista em montagens industriais pesadas, a MIP Engenharia é e participou das principais obras de implantação e expansão do parque industrial brasileiro. Atuante em diversos segmentos de negócios, tais como papel e celulose, siderurgia, metalurgia, cimento, energia, mineração e petróleo, a empresa tem apresentado crescimento sustentável ao longo de seus 46 anos de existência no mercado brasileiro. A MIP atende a clientes como: Acesita, Albras, Alcan, Alcoa, Alunorte, Anglo American, AngloGold, Bahia Pulp, CBC, Cenibra, CST, CVRD, Dedini, Gerdau-Açominas, Man, MBR, Metso, Novelis, Petrobrás, Samarco, Vallourec & Mannesman Tubes, Veracel, Votorantim, Usiminas, dentre outros.
Fonte: Estadão