As estruturas (pontes, viadutos e passarelas) nas obras de infraestrutura, conhecidas como Obras de Arte Especiais (OAE), são projetadas para atender determinada vida útil. De modo a estender o prazo de utilização e garantir a segurança de uso, as OAEs devem passar por atividades regulares de conservação.
Todas as anomalias que surgem nas Obras de Artes Especiais estão relacionadas as deficiências de projeto, problemas construtivos, data de execução, degradações devido ao uso e exposição ao meio onde está inserida e, principalmente,
pela ausência de atividades de manutenção.
De forma equivocada, muitas estruturas deste tipo no Brasil apresentam uma degradação avançada devido a negligência ou a inexistência de atividades de conservação adequada, acarretando avançada perda de desempenho e elevação nos custos de recuperação, muitas vezes tardiamente.
Especificamente no caso dos contratos de concessões, com a finalidade de exercer o acompanhamento e a gestão da evolução do estado geral das OAEs, são realizados monitoramentos em cada estrutura e estas são definidas por meio de inspeções cadastrais, rotineiras e especiais, e têm a finalidade de conservar os aspectos estruturais, de durabilidade (vida útil) e funcionalidade das estruturas, sempre de acordo com a norma brasileira NBR 9452:2019 ou especificação Artesp ET-0-C21-002-R01 e
DNIT 010/2004, que determinam os procedimentos de gestão, como a realização de vistorias.
Mesmo com o avanço dos meios de comunicação e tecnologia de geolocalização, ainda os sistemas usualmente utilizados para identificação de OAEs não dispõem de forma prática o acesso às informações essenciais. Em
muitos casos, devido a dificuldades e equívocos operacionais, as OAEs não apresentam confiabilidade em sua identificação e no acompanhamento histórico da evolução de suas manutenções e inspeções.
Desta maneira, o Sistema de Monitoramento de Obras Viárias – SIMOV auxilia de forma ampla e imediata as equipes de conservação, manutenção, gestores e colaboradores, no acesso online ao banco de dados de cadastro com as informações precisas, contendo a localização georreferenciada, o histórico das manutenções, sua classificação atual quanto a suas funções estruturais, de durabilidade e funcionalidade, além das necessidades atuais de conservação,
auxiliando de forma efetiva na manutenção rotineira e especial das diversas Obras de Artes Especiais do Sistema Anhanguera Bandeirantes (concessionada à CCR AutoBAn), em São Paulo.
O acesso é rápido e objetivo, sendo realizado por notebook, tablet ou celular que possuam a funcionalidade de leitura e interpretação de QR Code. A consulta é permitida somente para usuários pré-cadastrados do Grupo CCR, onde ele obtém as seguintes informações das Obras de Arte: histórico de manutenção; serviços realizados; histórico da classificação (notas) da OAE; dados cadastrais: dimensões, gabarito vertical da OAE em relação à rodovia etc.
Nesse projeto inicial do Grupo CCR, foram implantados os QR Codes nas 414 Obras de Artes Especiais existentes do sistema rodoviário administrado pela CCR AutoBAn, que já estão operando em sua integralidade.
Autores: Daniele Yumi Oda, analista de engenharia; Renata Ferreira, analista de engenharia; David Moreira, agente especializado de engenharia; Vagner Ansorge, analista de engenharia; Rafael Rossatto, coordenador de engenharia e Felipe Antonio de Lellis Andrade, gerente de engenharia – todos da CCR Engelog.