O chefe do Gabinete Civil do prefeito Guilherme Menezes, Márcio Higino Meira de Melo, conta que a cidade saiu de um PIB de R$ 700 milhões, há dez anos, para os atuais R$ 4,5 bilhões.
Com orçamento para este ano de R$ 550 milhões, segundo Melo, Vitória da Conquista é polo de pelo menos cem municípios (incluindo cidades do norte de Minas Gerais), que reúnem mais de dois milhões de habitantes. Entre os destaques de Conquista, ele ressalta a concentração de 14 mil estudantes das quatro instituições de ensino superior da cidade. “Trinta por cento são de fora da cidade”, resume.
Investimentos somam quase R$ 1 bilhão
A importância macrorregional do município exige investimentos em infraestrutura. Entre eles, a construção de um novo aeroporto, com capacidade para pouso e decolagem de aeronaves de grande porte. O novo aeródromo vai substituir o atual aeroporto de Vitória da Conquista, extremamente acanhado para o movimento diário. “É o quarto mais movimentado do Nordeste, excetuando-se os das capitais”, garante Melo.
O novo aeroporto, um investimento de R$ 90 milhões, está sendo construído no vetor sul da cidade. A previsão é de que entre em operação no próximo ano, garante o chefe do Gabinete. “A obra é fundamental para resolver o problema de deslocamento das regiões centro-sul e do sudoeste da Bahia”, frisa.
Outro investimento importante para a infraestrutura da cidade é a construção de um Centro de Logística Integrado na mesma região do novo aeroporto. Segundo Melo, o investimento é de R$ 100 milhões e o empreendimento está sendo tocado pela Kubo Gráfico Engenharia.
“Será um centro intermodal, de 800 mil m², que integrará aeroporto, rodovias e ferrovia”, ressalta Melo, lembrando que a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) passará a 90 km do local. O chefe do Gabinete explica que o centro logístico irá resolver o estrangulamento do trânsito do centro de Conquista, que tem mais de 500 mil m² de galpões espalhados em vários bairros da cidade.
Uma barragem no rio Pardo, no distrito de Inhobim, promete garantir estabilidade hídrica a Vitória da Conquista por 80 anos, com a formação de um lago de 370 milhões de m³ de capacidade. O investimento do Ministério da Integração, segundo Melo, deverá ficar entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões. Até o final do ano deverá estar pronto o plano básico ambiental, para depois partir para o projeto executivo. “Água é um fator limitante para nosso crescimento e da região e inibe investimento, principalmente das indústrias”, justifica o chefe do Gabinete.
Fonte: Revista O Empreiteiro