O projeto final de proteção contra inundações pós-furacão Katrina aproxima-se da conclusão. Em 29 de agosto de 2005, o fenômeno empurrou a água do lago Pontchartrain para os três grandes canais de drenagem de Nova Orleans, colocando pressão sobre os diques contra inundação, que não conseguiram suportar a carga da água e se romperam.
Por conta disso, a água chegou em alguns bairros da cidade a alcançar 3 m de altura por conta do alagamento, permanecendo por semanas assim.
Após o Katrina, o Corpo de Engenharia das Forças Armadas dos Estados Unidos analisou que para proteger o interior da cidade de futuras inundações e danos, seria essencial implantar nos canais de drenagem, estações de bombeamento e diques seguros.
Assim, o projeto específico dos canais com bombas e diques de US$ 654 milhões é agora a última fase importante de todo o sistema de redução de risco de inundação em Nova Orleans, com custo total de US$ 14,6 bilhões.
O recurso financiado pelo governo federal vai dar à cidade, que é de 70 cm a 6 m abaixo do nível do mar, a proteção adequada de uma tempestade de grandes proporções que tem uma chance anual de ocorrência.
“O sistema antes do Katrina era apenas um nome”, diz Dan Bradley, gerente de projeto sênior das Forças Armadas. “Reduzimos (o risco) em 35%, com uma abordagem realista”.
Ricky Boyett, porta-voz do Corpo de Engenharia, acrescenta: “Antes, os canais foram a primeira linha de defesa. Agora, eles são secundárias”.
Para afinar a configuração desejada das estações de bombeamento permanentes, foram anos de estudo. Além da complexidade e importância, as estações de bombeamento estão sendo construídas no meio de bairros residenciais, ao lado de uma universidade e ao longo da orla da cidade.
Em abril de 2017, o sistema contra inundação em Nova Orleans começa a ser testado.
Fonte: Revista O Empreiteiro