O complexo que reformulou o tráfego na Marginal Tietê

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A obra que a CCR Autoban considera mais significativa, dentre as demais que executou desde que assumiu o sistema Anhanguera/Bandeirantes, é o Complexo Anhanguera. Trata-se de um conjunto de obras de arte especiais que reformulou completamente o tráfego da Marginal Tietê, da ponte Atílio Fontana, até o km 19 da Anhanguera.

As principais obras do complexo são três pontes e dois viadutos construídos a partir do entroncamento da Anhanguera com a Marginal Tietê: uma foi concebida para sair da Marginal diretamente para a rodovia; outra permite o acesso direto do bairro da Lapa para a Anhanguera; uma terceira sai da rodovia para a Marginal no sentido Zona Leste, e há o viaduto, desenhado em curva, que encaminha o tráfego da Anhanguera para a Marginal, sentido rodovia Castello Branco. Essas obras incluem diversas melhorias: trevos, passarelas e novas estruturas.

Complexo desse porte impunha uma cuidadosa estratégia para que o tráfego local não acabasse prejudicado, numa cidade já traumatizada pelas condições invariavelmente caóticas de circulação de veículos.

Para evitar um nó, no tráfego daquele trecho, as duas pontes principais foram construídas segundo a técnica dos balanços sucessivos. No caso, são as próprias formas autoportantes que vão dando corpo aos tabuleiros (aduelas), dispensando, as operações de cimbramento, naturais no processo da construção convencional.

Na concretagem das fundações foi empregado concreto refrigerado, técnica tradicionalmente usada na construção de estruturas hidrelétricas. O maior vão entre pilares das pontes do complexo é de 128 m. As fundações, embora convencionais com o emprego de estacas-raiz e tubulão executado a céu aberto, chamaram a atenção porque exigiram cuidados especiais por causa do tráfego na Marginal. As empresas construtoras adotaram um sistema de escoramento e obras de contenção. E aproveitaram um fim de semana para executar uma laje pré-moldada em um trecho da pista, a fim de que ela funcionasse como uma sequência natural do pavimento. Assim, o tráfego não seria prejudicado.

O viaduto, com 252 m de extensão, que foi projetado em curva, com seção esbelta, foi construído com o uso de peças pré-moldadas em canteiro. Elas foram içadas e posicionadas nos pilares com o uso de guindastes.

Dentre as estruturas sobressai uma passarela projetada pelo escritório Enescil, do engenheiro calculista Catão Ribeiro. A obra, construída na altura do km 13 da Anhanguera, pela Tranenge, é formada de duas vigas de 60 m de vão.

O consórcio formado pelas construtoras Camargo Corrêa e Serveng Civilsan construiu as três pontes do complexo, além do viaduto do ramo 19. Outro viaduto, localizado no ramo 400, foi construído pela empresa Jofege, a mesma que, em consórcio com a empresa Estrutural, construiu outra obra desse tipo entre os km 11 e km 13 da Anhanguera.

O gerenciamento das obras esteve a cargo da Engelog. O controle tecnológico foi supervisionado pela Ductor e os ensaios de qualidade dos materiais foram feitos pelo escritório do grupo Falcão Bauer. O monitoramento do comportamento das estruturas esteve sob a responsabilidade da empresa LSE e coube à EGT Engenharia desenvolver os projetos estruturais das obras de arte. A Canhedo Beppu elaborou os projetos do sistema viário.

Fonte: Revista O Empreiteiro


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