Uma das atribuições principais da Engenharia do Exército brasileiro é proporcionar à Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) apoio nos campos militar e civil, em favor da infraestrutura e da população do país
A Companhia de Engenharia Brasileira de Força de Paz no Haiti (Braengcoy) vem operando com um pelotão de comando, um pelotão de engenharia e apoio, um pelotão de construção horizontal e dois pelotões de construção vertical. O trabalho se desenvolve coordenadamente, em atendimento a uma missão prioritária, que é prover aquele apoio cujo resultado acaba beneficiando diretamente a população. |
O Centro de Comunicação Social do Exército informa que, depois do terremoto ocorrido naquele país em janeiro de 2010, uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) redirecionou o objetivo da atuação da Companhia de Engenharia Brasileira de Força de Paz. O terremoto devastou o Haiti, em especial a capital, Porto Príncipe. Prédios do governo, edifícios comerciais, e aqueles que abrigavam escolas e postos de saúde, tudo foi destruído. Houve o registro de mais de 270 mortos, dentre eles soldados da Força de Paz e até a médica pediatra, Zilda Arns, que ali se encontrava em missão humanitária.
Diante do quadro da tragédia, e em atendimento à resolução da ONU, a Braengcoy passou a atuar para dar suporte logístico à Minustah, ampliando o leque das operações destinadas a reconstruir o Haiti. Seguindo um cuidadoso planejamento das novas prioridades impostas pela destruição, a Engenharia do Exército realizou sondagens e executou a demolição de prédios que estavam com a estrutura comprometida; abriu poços artesianos para o fornecimento, semanalmente, de mais de 35 mil l de água potável, em especial para os orfanatos da capital; executou os serviços de terraplenagem dos terrenos selecionados para a construção de postos de saúde de emergência; dragou canais, desobstruiu ruas e estradas e reconstruiu acessos para a passagem de comboios militares e veículos civis.
A Engenharia do Exército apoiou a Infantaria do Peru, com botes pneumáticos; ajudou nos trabalhos de patrulhamento ao longo do lago Azuey e passou a produzir brita e asfalto para obras da companhia e de outras tropas de engenharia da Minustah.
O Exército brasileiro realizou construções que permanecerão, naquele país, como um legado da experiência daqueles pelotões treinados para a execução de obras de engenharia.