A sede do Serviço Social do Comércio, em Sorocaba (SP), mantém a tradição da entidade de estimular projetos e práticas construtivas inovadoras e sustentáveis para, conforme diz o diretor regional, Danilo Santos de Miranda, "acolher o público e proporcionar-lhe a melhor qualidade de vida”
Nildo Carlos Oliveira
O terreno, de 12.099,56 m², está limitado pelas avenidas Washington Luiz e Bento Mascarenhas Jequetinhonha e pelas ruas Barão de Piratininga e Antônio Cândido Pereira, no bairro Jardim Faculdade, com área descoberta de 7.626,98 m². A área construída é de 30 mil m².
O projeto de arquitetura previa a construção de três blocos bem definidos: o bloco da convivência, o bloco de atividades esportivas e dos teatros. Um com capacidade para 275 lugares e palco de 200 m² e outros, de arena, a céu aberto, com 372 lugares e palco de 220 m². Outras instalações ali previstas: área de estacionamento, loja da entidade, refeitório, área para exposições, salas para oficina, biblioteca, odontologia, três piscinas, solário, espaço lúdico, ginásio de esportes com quadras poliesportivas e outros serviços.
A unidade, inaugurada em setembro deste ano (2013), está certificada com o selo Ouro do Leadership in Energy and Environmental Design, categoria New Construction. Foi a primeira obra do Sesc/SP com essa certificação, com parâmetros julgados extraordinários em termos de redução de consumo de água e energia. Ela é consequência de uma política adotada pela entidade desde o final dos anos 80, de atendimento às questões do meio ambiente, e que o escritório de arquitetura Sérgio Teperman Arquitetos e a Construtora Omar Maksoud Engenharia consideraram como de primeira prioridade.
Tal política orientou a chamada implantação sustentável, prevendo o menor impacto ecológico em todas as fases da construção; a gestão das águas, com 100% de eliminação do uso de água potável para paisagismo por meio de sistemas inteligentes de irrigação, incluindo uma miniestação meteorológica e redução do consumo para bacias sanitárias e uso de torneiras de lavatórios e chuveiros, com dispositivos economizadores de água; eficiência energética e atmosfera, com controle de todos os sistemas prediais (eletro, hidráulico e condicionamento de ar); materiais e recursos, com o controle de todo o ciclo dos insumos, com prioridade para aqueles produzidos na região; qualidade do ambiente interno, com o uso controlado de iluminação e ventilação natural, através de átrios e claraboias; projeto de conforto térmico e taxas controladas de renovação de ar garantindo qualidade atmosférica em todos os ambientes; e integração processual e educação ambiental, mediante a integração do paisagismo. Tal medida vem contribuindo, ali, para a melhoria da qualidade do ambiente construído.
Fonte: Revista O Empreiteiro