Um dos principais projetos viários recentes de mobilidade do Rio de Janeiro (RJ), o Novo Joá, foi inaugurado no último dia 28, após 23 meses de intervenções.
Com investimento de R$ 457,9 milhões, a obra do Novo Joá foi um projeto da Fundação Geo-Rio, ligada à prefeitura da cidade, com execução sob a responsabilidade da Odebrecht.
A via proporcionará aumento de cerca de 35% na capacidade de tráfego no trajeto entre as zonas Sul e Oeste por meio de duas novas faixas de rolamento entre o maciço da Pedra da Gávea e a beira-mar. O projeto compreende a construção de dois novos túneis paralelos aos já existentes, um viaduto, um elevado, uma ponte, o alargamento de importantes vias e uma ciclovia com extensão de 3.100 m, que interligará São Conrado à Barra da Tijuca.
A obra contou com a utilização de diferentes metodologias construtivas, com o desafio da realização simultânea de todas as frentes de serviços e redução do impacto na rotina dos moradores do entorno e do trânsito.
Além disso, para a conclusão da obra foram realizadas 260 detonações para abertura dos dois novos túneis com o apoio de 1.800 integrantes para retirar 92 mil m³ de material escavado, além da instalação de 505 lajes e 120 vigas pré-moldadas.
Segundo a construtora, as principais metodologias construtivas utilizados no Novo Joá:
Balanço Sucessivo – para construir a nova ponte da Joatinga, esse método foi aplicado paravencer vãosem áreas onde há dificuldade para montagem de escoramentos. Durante a fase de montagem da estrutura, as peças avançavam em balanços, uma a uma, até a totalidade da execução, com o apoio de treliças metálicas.
Ponte Mista – a estrutura da nova Ponte da Joatinga é formada por estruturas metálicas com lajes e pilares de concreto.
Escavação subterrânea – para realizar a abertura dos dois novos túneis das obras de ampliação do Elevado do Joá foram utilizadas 78 t de explosivos. Com o objetivo de minimizar o impacto dessa etapa,a Odebrechtadotou um mecanismo que reduz os ruídos e vibrações durante as escavações em rocha, chamado Hand Time Det (HTD). Esse método substitui o tradicional cordel detonante, o que diminui os efeitos de deslocamento do ar e causa menor sensação de vibração e ruídos. Cada furo carregado com explosivo é detonado em fração de segundos. As detonações aconteceram de janeiro a julho, planejadas duas vezes ao dia.
Superestrutura do Novo Elevado – Método construtivo dividido em três etapas, como vigas, lajes pré-moldada e consolidação. Durante essa importante fase foi utilizada a treliça lançadeira de vigas, equipamento que opera sobre apoios especiais, e permite o deslocamento destas estruturas de concreto de 37 t cada, do pátio de pré-moldados até seus respectivos apoios. A treliça ocupa menos espaço em comparação aos guindastes tradicionais e proporciona otimização no tempo de construção do Elevado, sem utilização da via existente, não tendo nenhuma interferência com o tráfego de veículos.
Já na fase final da obra, três testes foram realizados no Novo Joá. No Elevado e na Ponte da Joatinga, provas com cargas estáticas e dinâmicas avaliaram a capacidade dessas estruturas. Na primeira foram utilizados oito caminhões com 17,5 t, já na segunda uma carreta com 45 t. Na ciclovia, está sendo realizado o teste de impacto e esforço horizontal e vertical no guarda-corpo da via.
Fonte: Redação OE