Obra em regime open book

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Carlos Berquó Dias, diretor de Operações da Niplan, relatou experiência em reforma de alto-forno (maior das Américas) da ArcellorMittal em Serra (ES). O escopo da empresa no projeto era fazer a troca de partes da carcaça, dos sistemas de refrigeração, dos sistemas de distribuição de carga, dos refratários, dos sistemas elétricos, da instrumentação e das válvulas, em uma iniciativa que envolvia 84 empresas fornecedoras.

Os principais desafios da Niplan no projeto incluíam prazos de preparação e paradas muito curtas de operação do alto-forno, trabalho que tradicionalmente envolve alto risco. O cronograma relacionava mais de 20 mil atividades, com sequências de montagens simultâneas e manuseio de pesados equipamentos.

“A gestão do projeto nessas condições foi fundamental”, explica Berquó Dias. Para isso, a empresa adotou as seguintes medidas para alcançar seus objetivos com sucesso: gestão compartilhada entre cliente e contratada dos riscos e imprevisibilidades; antecipação de critérios claros e objetivos para gestão e reembolsos de eventuais custos relativos a movimentos grevistas e acordos sindicais; estabelecimento de um “custo-meta” a ser perseguido pelas partes com gestão compartilhada no uso e reembolso dos custos relativos ao emprego de recursos e insumos; compromissos de performance através dos mecanismos de incentivo e penalidades quanto aos prazos e ao alcance do custo-meta; ações compartilhadas e reembolsadas pelo cliente relativo a planos de incentivo à segurança, produtividade e qualidade, com premiações aos colaboradores; e definição mais apurada do valor do limite de responsabilidade e penalidades da contratada em vista do modelo contratual de parcela fixa + parcela reembolsável com “fee” fixo. Vale ressaltar que os serviços foram concluídos sem a ocorrência de acidentes com perda de tempo, com 3 milhões de horas trabalhadas entre todos os colaboradores.

Fonte: Revista O Empreiteiro


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