Obras da linha 5 do metrô paulistano concentram-se na estação Adolfo Pinheiro

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O primeiro trecho de extensão da Linha 5-Lilás, do Metrô de São Paulo, entre as estações Largo Treze (em operação) e Adolfo Pinheiro, já está com as obras civis do túnel da via de 400 m em fase de conclusão. Agora, os trabalhos se concentram na futura estação Adolfo Pinheiro, que deve ser inaugurada ainda em 2013.

A estação está sendo construída com o método de escavação circular e utiliza cinco poços para estrutura da edificação. Cada poço possui 32,8 m de diâmetro e entre 16 m e 18 m de profundidade. O trecho está sendo executado pelo consórcio Construcap-Constran.

A estrutura da estação Adolfo Pinheiro deve ficar pronta em fevereiro. Para execução de cada poço, foram utilizadas 80 t de material de escoramento. Erik Barstad, vice-presidente de operações da Mills, explica que a empresa já atua na obra desde seu início, em 2010, oferecendo sistemas de formas, escoramentos, andaimes e acessos.

Na estação, os poços 1, 3 e 5 já foram concretados e nos poços 2 e 4 faltavam as lajes de cobertura e níveis intermediários.

O escoramento dos poços foi feito com módulos tubulares que medem 2,40 m x 2,40 m, com cerca de 16 m de altura cada. Guindastes e gruas fizeram a movimentação dos módulos do canteiro de obras para dentro dos poços.

No túnel de via, feito no sistema convencional de escavação e com 9 m de diâmetro, bem próximo à futura estação Adolfo Pinheiro, observam-se sistemas de escoramento sobre trilhos auxiliando os trabalhos de conclusão da via neste trecho.
Um sistema é usado para colocação de tubulações; um outro para armação; um terceiro para colocação de manta; e, por fim, um especial, usado pela primeira vez no Brasil, para concretagem.

Este último, chamado SM, instalado na fase final da obra da via do túnel, próxima à estação Adolfo Pinheiro, faz concretagem da abóboda em seções de 7,5 m por dia, utilizando 35 m³ de concreto. O sistema deu 30% de ganho de tempo ao serviço em relação ao processo tradicional, de acordo com a Mills.

O sistema modular ajustável exige oito dias de montagem e é de aço bem mais resistente do que os tradicionais, tendo maior capacidade de carga. A composição modular de aço substitui com vantagem os sistemas tradicionais de escoramento compostos de torres, tubos e braçadeiras, que demandam montagem mais trabalhosa. Com o módulo, faz-se a concretagem em duas horas – depois se espera 12 horas para cura. Em seguida, ele é movimentado para executar outra seção.

De 25 a 30 pessoas da Mills trabalham atualmente neste trecho da obra do Metrô da Linha 5, mas já foram 40 no pico.
Uma adutora de água tratada da Sabesp passa no meio da estação Adolfo Pinheiro. Ela precisou ser realocada. Uma estação de bombeamento da empresa de saneamento também se encontra próxima ao canteiro de obras.

A obra de extensão da Linha 5 do Metrô de São Paulo terá no total 11,5 km e 11 estações, e ligará a estação Largo Treze à estação Chácara Klabin. A previsão de conclusão das obras é 2015.

(Augusto Diniz)

Fonte: Padrão


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