Opção por pavimento rígido no Anel Viário de Fortaleza

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O governo cearense decidiu assumir as obras do Anel Viário de Fortaleza, que vinham sendo tocadas pelo Dnit, a fim de acelerá-las e concluí-las até setembro de 2014. O tráfego pesado provocado pela movimentação do Porto do Pecém levou à opção pelo pavimento rígido

Nildo Carlos Oliveira

As obras de duplicação encontram-se sob a responsabilidade da Galvão Engenharia. São, ao todo, 32 km que cruzam as principais rodovias estaduais na Região Metropolitana. O governo cearense resolveu assumi-las depois de firmar compromisso pelo qual o governo federal fará o repasse dos recursos que ali estão sendo aplicados e que somarão R$ 200 milhões.

O Anel Viário começa na CE-040 (Eusébio), segue pela BR-116 (Itaitinga), passa pela CE-060 (Maracanaú), CE-065 (Maraguape) e BR-020 (Caucaia), chegando à avenida Mister Hull. A pista atual tem 11 m de largura. Com a duplicação passará a contar com 33 m (16,5 m de cada lado). Ao longo do trecho, dividido por canteiro central e com sinalização moderna, haverá obras complementares: ciclovias laterais, retornos e outros acessos prioritários. Cerca de 60% das obras de arte especiais (três pontes e três viadutos) estão concluídos.

A duplicação integra o chamado Plano de Logística de Transporte do Porto do Pecém e foi objeto de convênio assinado em 2011 pelo governador Cid Gomes e pelo general Jorge Fraxe, diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Pelo edital, considerando estudos de fluxo de tráfego, sobretudo de caminhões, e a necessidade de se proporcionar maior durabilidade ao pavimento, ficou acertado que este seria construído com concreto.

Os estudos sinalizaram que o pavimento rígido pode ter vida útil mínima de mais de 20 anos e citam trechos rodoviários em diversas regiões brasileiras, em sítios de grande demanda de tráfego pesado, de que é exemplo o contorno do Recife, onde ele já dura mais de 50 anos. Além disso, esse tipo de pavimento oferece baixo custo de manutenção.

O engenheiro Gelmar Tavares, gerente de contrato da Galvão Engenharia, informa que os trabalhos, na fase atual, avançam segundo o prazo estabelecido. Calcula que, se tudo continuar no ritmo atual, o primeiro trecho da duplicação deverá ser entregue até dezembro próximo; o segundo poderá ser entregue até meados de 2014 e, o último, ainda em setembro daquele ano.

Ele informa que, para apressar os trabalhos, está mobilizando cerca de 600 colaboradores e três centenas e meia de máquinas e caminhões. O concreto da obra será usinado no canteiro e os principais parceiros da Galvão, nessa empreitada, são a Votorantim, a Petrobras e a Labormix.

Fonte: Revista O Empreiteiro


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