Denis Del Bianco
Diretor TOTVS Consulting
Obter informações confiáveis e com rapidez, em uma única fonte de dados que integre a visão física, econômica e financeira de uma empresa, é desejo e ponto recorrente de discussão das construtoras e empreiteiras. |
Este desafio do segmento é majorado, atualmente, pelo aquecimento da economia, combinado com novas obrigações legais e de governança, modelos alternativos de contratação e investimentos de infraestrutura, decorrentes dos eventos esportivos que acontecerão no Brasil nos próximos anos. O resultado é uma pressão pela mudança na administração das empresas do setor.
O planejamento é um porto seguro de partida na busca de uma visão única e integrada de custos, prazos e recursos das obras. As construtoras de sucesso costumam apresentar um processo diligente de planejamento. Além da padronização de etapas e atividades, é comum contar com ferramentas específicas, bancos de dados históricos e ciclos de revisão por especialistas. A concentração deste processo em um número reduzido de pessoas e áreas da empresa também facilita a sua integração.
Se, por um lado, o ponto de partida é confiável, o número de dificuldades encontradas durante o controle e a gestão da execução é proporcional à quantidade de processos e de áreas da empresa diretamente envolvidos. A simples gestão das interfaces entre as estruturas já seria tarefa árdua se todas as obras fossem geridas de uma forma padronizada. Mas, na prática, é comum existir diferentes modelos de controle e gestão em obras conduzidas por uma mesma construtora. Neste caso, manter a visão integrada torna-se um trabalho ainda mais difícil.
Embora disponíveis, os Sistemas Integrados de Gestão (ERPs) ainda são subutilizados por boa parte das construtoras. Ainda é comum encontrar processos e ferramentas de suporte não integrados, incluindo a interface com orçamento e planejamento. Modelos de gestão não integrados mantêm controles paralelos em bases de dados não estruturadas e inconsistência de informações danosas à gestão de qualquer empresa.
Entre a teoria e a prática, surgem as dúvidas: Como equilibrar a necessidade de governança e controle com a autonomia e responsabilidade da gestão dos empreendimentos? Como alinhar os indicadores de desempenho individual com os objetivos estratégicos da empresa? Como assegurar a visão única e integrada dos resultados das obras? Como garantir que a informação certa estará disponível em tempo para aqueles que precisam tomar decisões? Como otimizar os investimentos em tecnologia, garantindo o melhor balanço com o suporte aos processos de negócios? Como facilitar a absorção das transformações pelas pessoas e seu engajamento?
O esforço da evolução, padronização, suporte e gestão dos processos de controle mescla as práticas internas diferenciadas das construtoras com as boas práticas do mercado. É um momento importante para a definição dos direcionadores, com a participação dos envolvidos nos processos num único debate, dada a natural interligação entre os processos de engenharia e suporte. O resultado é um modelo integrado de gestão que representa fielmente as atividades que serão desempenhadas no futuro, as áreas que as executarão e os indicadores usados para sua medição.
Cabe também neste momento de reavaliação da estrutura organizacional, ponderar as vantagens e desvantagens de centralizar ou descentralizar os processos transacionais de suporte e avaliar oportunidades de simplificação e automatização do fluxo de trabalho na empresa.
Avaliar o nível de aderência dos sistemas e ferramentas de tecnologia existentes na empresa é a primeira etapa para se definir o novo modelo de tecnologia. A forma como deverá acontecer a transformação na cultura da empresa, a quebra de paradigmas, o engajamento da equipe, a comunicação e a capacitação para os novos processos é fundamental para minimizar os impactos na organização e nas pessoas envolvidas com a jornada de transformação.
Nesse processo de mudança, o apoio de uma consultoria externa, como a TOTVS Consulting, que atua no mercado há quatro anos conduzindo iniciativas semelhantes em companhias do segmento de construção, pode auxiliar tanto no sequenciamento como na condução das atividades necessárias, proporcionando para as empresas o acesso às boas práticas comprovadas de mercado.