Embora o País tenha grande incidência de radiação solar, painéis solares e fotovoltaicos nunca ganharam o impulso que deviam. Mas este cenário deve mudar. A opinião é de Afonso Celso Bueno Monteiro, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP).
O arquiteto vê tendência de queda de custo de equipamentos nessa área, o que deve favorecer a sua adoção. Afonso aponta ser simples a implementação deles. “Os coletores solares para aquecimento de água já são de domínio dos arquitetos há muitos anos e são simples de ser projetados e instalados. Já os painéis fotovoltaicos são um pouco mais complicados, pois necessitam de complementos especiais no projeto das instalações elétricas”, explica.
O presidente do CAU-SP ressalta que o excedente da energia elétrica gerada pelas placas fotovoltaicas pode ser lançada na rede pública. “Esse tipo de clima faz com que sejamos privilegiados na utilização dessa tecnologia que pode ser instalada em qualquer tipo de edificação”, diz.
Os coletores solares para aquecimento de água têm um custo aproximado médio de instalação em uma residência de cerca de R$ 7 mil. Já o custo de placas fotovoltaicas num mesmo tipo de edificação fica entre R$ 4 mil e R$ 5 mil. No entanto, há custos adicionais de equipamentos auxiliares, como bateria. Afonso ressalta que a economia gerada é “visível” e o retorno de investimento é de médio prazo.
No Brasil, o aproveitamento da radiação solar é um pouco mais comum no interior. Na Europa, a tecnologia já é bem difundida.
Fonte: Revista O Empreiteiro