Com a nova rodada de concessões federais anunciada, é oportuno avaliar algumas das empresas globais de engenharia que já se encontram em operação no País:
Jacobs Engineering Group – Uma das gigantes de engenharia e das mais diversificadas, assumiu o controle da projetista e gerenciadora Guimar Engenharia, do Rio de Janeiro. Atua praticamente em todos os segmentos de infraestrutura, além de construção industrial e edificações. Receita de US$ 13 bilhões e 250 escritórios em todos os continentes.
Entre os projetos de destaque, estão a fase 1 do VLT de Los Angeles (EUA); projeto e gerenciamento de construção da mina de Toromocho, de cobre, no Peru, para a Minera Chinalco; e programa de renovação do aeroporto de Dallas Fort Worth, ao custo de US$ 2,3 bilhões e prazo de sete anos, modernizando seus quatro terminais.
Hill International – Empresa gerenciadora global de projetos dedicada à gestão de riscos na construção, que inclui o não cumprimento de cronograma e orçamento de custos. Adquiriu o controle da projetista e gerenciadora Engineering, com sede no Rio. Obteve receita consolidada de US$ 640 milhões, em 2014, com 4.600 profissionais em 100 escritórios no mundo.
Um projeto notório foi o gerenciamento do programa de recuperação do metrô e trens de Nova York, após os danos causados pelo supertornado Sandy.
AECOM – Outra gigante global de engenharia, que praticamente atua em todos os campos, de construção a gerenciamento, tem, como projeto mais relevante no País, o Parque Olímpico do Rio 2016. Possui uma consultoria dedicada a PPP, com expertise em projeção de tráfego e receita, estruturação de processos de licitação, refinanciamento etc. Projetos de PPPs realizados: Presídio Parkway, via expressa em San Francisco, primeira PPP da Califórnia em transportes; consultora da Macquarie Capital na proposta para arrendar e operar o sistema de estacionamento pago na cidade de Chicago por 75 anos; e consultora de um licitante para projeto PPP do aeroporto de Midway, em Chicago. Em 2014, concluiu a integração da construtora norte-americana URS no grupo via aquisição, e conquistou US$ 13,4 bilhões em novos contratos.
Isolux Corsán – Grupo espanhol de construção, engenharia e operador de concessões. Faturou 2.128 milhões de euros no âmbito global, em 2014, sendo 80% no exterior. Seu contrato mais recente no Brasil é o BRT de Goiânia (GO), em consórcio com duas empresas brasileiras, num trajeto de 21,7 km, seis terminais e 38 paradas, capacidade para 120 mil passageiros/dia, custo estimado de 70 milhões de euros e prazo de execução de 20 meses.
A empresa controla juntamente com a Infravix a concessionária Viabahia, que administra mais de 600 km das rodovias BR-324 e BR-116, na Bahia.
Ainda como operadora de concessões, em 2014, conquistou a rodovia pedagiada NH1, na Índia, e a linha de transmissão WETT, nos EUA, cujo refinanciamento de US$ 645 milhões foi feito com sucesso, que gerou dividendos no valor de US$ 33 milhões.
Acciona Infraestructuras – Surgiu em 1997, na Espanha, com a fusão de duas empresas tradicionais: Entrecanales&Tavora com a Cubiertas&MZOV, que somam mais de 100 anos de experiência. No Brasil, construiu os diques externos e o estaleiro do Porto do Açu, no Rio; a fábrica da Volkswagen em Resende (RJ), e realizou a reforma da Estação da Luz, em São Paulo; e obras do Rodoanel Norte.
Em 2014, teve receita global de 2.626 milhões de euros, com quase 20 mil empregados. Um setor destacado de atuação é o de concessões, com 34 empreendimentos em atividade, desde infraestrutura de transportes até serviços hospitalares. Gerencia hoje seis hospitais com 3.095 leitos e 641 mil m² de área.
Ferrovial – Desde 1952, a empresa se consolidou como operador de infraestrutura e serviços de engenharia, em 25 países, com destaque para rodovias pedagiadas (através da subsidiária Cintra) e aeroportos. Suas atividades de construção estão centradas na Ferrovial Agroman. Como operadora de aeroportos, gerencia quatro aeroportos na Inglaterra, incluindo Heathrow – um dos cinco mais movimentados do mundo.
A Cintra opera 28 concessões rodoviárias, somando 2.232 km, em que investiu mais de 21,5 bilhões de euros – elas estão no Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, Irlanda, Grécia, Austrália e Colômbia, além de Espanha. A receita consolidada do grupo Ferrovial foi de 8.802 milhões de euros em 2014.
OSSA – Empresa espanhola dedicada a obras subterrâneas, desde 1952. Tem um currículo de 600 km de túneis, sendo 60 km para o trem de alta velocidade da Espanha (AVE) nos cinco anos recentes; 75 km de poços em minas subterrâneas; e 500 mil m³ de escavação de cavernas para usinas hidrelétricas para empresas de energia globais. Na América Latina, executou túneis no Rodoanel em São Paulo e obras no metrô de Santiago. Teve receita de 164 milhões de euros em 2014.
Soares da Costa Construção – Empresa de origem portuguesa, há 90 anos no mercado. Em 2014, foi ranqueada em 125º lugar entre as 250 Maiores Construtoras Internacionais da revista ENR-Engineering News Record. Atingiu 500 milhões de euros em receita em 2013, sendo 46% oriundos de Angola e 20% de Moçambique, envolvendo obras de infraestrutura e edificações.
Possui 3.785 empregados. No Brasil, construiu diversas fábricas de cimento, além de outras obras.
Teixeira Duarte – A construtora portuguesa, que controla a Empa, assinou contrato para executar obras emergenciais para manter a integridade física da ponte Hercílio Luz, Florianópolis (SC). Enquanto isso, o governo de Santa Catarina entrou em contato com a American Bridge, dos Estados Unidos, que construiu a estrutura original, para saber da viabilidade da sua recuperação completa, com custo estimado de R$ 180 milhões — ou se é melhor construir uma nova. Em setembro passado, a Empa ganhou licitação para as obras de duplicação da BR-101 na Bahia, no valor de R$ 465 milhões.
A Empa é uma construtora sediada em Minas Gerais, colocada na 68ª posição do Ranking da Engenharia Brasileira e na 13ª do ranking regional do Sudeste (exceto São Paulo). Teve receita bruta de R$ 201 milhões em 2013.
Fonte: Redação OE