CPFL desenvolve poste autoaterrado com concreto condutivo

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A CPFL Energia desenvolveu uma tecnologia inovadora: o poste autoaterrado, feito de concreto armado condutivo, que permite o aterramento da rede elétrica por meio da própria estrutura do poste — eliminando a necessidade de hastes metálicas na maioria dos casos.

Para que serve o aterramento em redes elétricas?

Todo sistema elétrico, da geração à distribuição, deve ser aterrado para garantir segurança e funcionamento adequado. O aterramento:

Como funciona o poste autoaterrado?

O novo modelo utiliza a armadura de aço interna do poste como condutor, conectada diretamente ao solo por meio de um concreto condutivo. Isso elimina o uso de cabos de descida e hastes metálicas.

Vantagens:

  • Redução de custos e tempo de instalação;
  • Menos falhas por oxidação ou mau contato;
  • Maior durabilidade e segurança;
  • Menor risco de roubo de cabos em áreas rurais.

Etapas de desenvolvimento e testes

Foram fabricados protótipos e realizados ensaios mecânicos e elétricos em laboratório e em campo. O lote piloto incluiu:

  • 510 postes autoaterrados;
  • Instalações em Ibiúna (SP), com alta incidência de descargas atmosféricas;
  • Instalações na Baixada Santista, para avaliar o impacto da salinidade.

Resultados:

  • Redução no índice de queima de transformadores;
  • Melhor desempenho nos indicadores de continuidade da rede;
  • Aprovação técnica e consolidação da tecnologia no grupo CPFL.

Parcerias e autores do projeto

Participaram do desenvolvimento:

  • Matos Ferreira Engenharia e Serviços;
  • Concrefer;
  • Icotema;
  • Matra;
  • Romagnole;
  • IPT Indústria de Postes Teixeira.

Autores:

Benedito Edmundo Moura Ferreira, diretor da Matos Ferreira Engenharia

Rafael Gomes Bento, analista de projetos de inovação

Antonio Carlos Almeida Cannabrava, engenheiro de soluções


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