Como parte das obras de duplicação da rodovia SP-127, a concessionária Rodovia das Colinas liberou para o tráfego a segunda ponte sobre o rio Tietê, no km 82,4, na região da cidade de Tietê (SP), com 410 m de comprimento e passarela para pedestres. A obra foi executada pela Tranenge Construções em dez meses, com sistemas construtivos de pré-fabricados e balanços sucessivos, de concreto protendido, com projeto executivo alternativo desenvolvido em parceria com a projetista Enescil.
As soluções construtivas adotadas neste projeto alternativo, com alto nível de industrialização e substancial redução de prazo, quantidades de serviços, materiais, equipamentos e mão de obra permitiram viabilizar melhor custo-benefício para a contratante.
O projeto executivo inicial foi desenvolvido com fundações em tubulões com ar comprimido, mesoestrutura com pilares retangulares (sendo um no leito do rio) e vigas travessas em T invertido, e superestrutura com tabuleiro de 410 m de comprimento por 13,10 m de largura, com cinco vigas pré-moldadas de concreto protendido, com um vão central de 63 m e dois vãos adjacentes de 53 m sobre o rio Tietê, e os demais vãos típicos de 40 m.
No projeto alternativo, com as mesmas dimensões básicas de tabuleiro do projeto inicial, optou-se por uma superestrutura com balanços sucessivos num trecho de 190 m sobre o rio Tietê, com um vão central de 90 m e dois vãos adjacentes de 50 m, sem quaisquer pilares no leito do rio, completando os 220 m restantes de tabuleiro com superestrutura pré-fabricada com quatro vigas longarinas de concreto protendido e pré-lajes com vãos típicos de 22 m, com fundações em estacas-raiz, mesoestrutura com pilares e vigas travessas retangulares.
O trecho com superestrutura pré-fabricada, incluindo fundações, mesoestrutura e capeamento da laje, foi executado em seis meses, fabricando as vigas protendidas com sistema de aderência inicial e pré-lajes armadas na unidade industrial de pré-fabricados da Tranenge, localizada no distrito de Ajapi, em Rio Claro (SP).
A parte da obra com balanço sucessivo foi executada em dez meses, em paralelo com trecho pré-fabricado, dos quais 120 dias foram gastos para fundações, mesoestrutura (pilares) e superestrutura moldada no local (aduelas de disparo); 150 dias para execução dos balanços sucessivos, com uso de carros de avanços modernos, com equipamentos hidráulicos para rápidos deslocamentos; e nos 30 dias restantes foram executados serviços de pavimentação e desmobilização.
Fonte: Redação OE