Premiação e homenagens reúnem público recorde

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Festa da premiação das empresas reúne cerca de 700 empresários no
Clube Monte Líbano, dia 10 deste mês (agosto) em São Paulo (SP).
O número é recorde nesse evento, desde que O Empreiteiro lançou a pesquisa

O Ranking da Engenharia Brasileira, mecanismo de pesquisa que avalia o desempenho das empresas, e cujos resultados são difundidos todos os anos na publicação 500 Grandes da Construção, hoje na 39ª edição, traz ampla análise setorial do desempenho obtido em quatro segmentos específicos: Construtoras, Construção Mecânica e Elétrica, Projetos e Consultoria e empresas prestadoras de Serviços Especiais de Engenharia.
Na abertura dos trabalhos, o diretor editorial da revista, Joseph Young, não se limitou a fazer referências á análise do ranking. Aproveitou a oportunidade para mostrar o cenário de investimentos e de obras no País, salientando que 2009 ratifica, de certa forma, o ano de 2008 como "o melhor ano da década". De posse dos dados da pesquisa, disse acreditar que 2010 poderá ser uma repetição, melhorada, de 2009 – ano-base do ranking publicado na edição da revista ali distribuída.
Ele destacou, no entanto, que isso só acontecerá (a repetição melhorada, de 2009), caso os programas de obras, em especial na infraestrutura, prossigam ininterruptos, simultaneamente aos programas de obras dos governos estaduais e se as eleições, que mudarão o quadro administrativo brasileiro, não venham a interromper esse processo.

A seguir, os trechos principais do discurso:

A Engenharia e as prioridades brasileiras
A Engenharia brasileira, nos diversos segmentos em que vem atuando, projeta-se com muita força, mostrando a capacidade, que lhe é inerente, de se adaptar às condições em que tem sido colocada à prova. Para que elas prossigam assim, contribuindo para o crescimento do País, gerando empregos e melhorando a qualidade de vida de seus cidadãos, basta que não lhes falte uma coisa: a garantia de um fluxo contínuo de investimentos, numa política que saiba distinguir as graves carências e as prioridades da população.
E é sobre isso, as prioridades brasileiras, que gostaríamos de fazer algumas reflexões.
Conforme temos assinalado em nossos editoriais, há datas e eventos históricos da maior importância para o País – e para o mundo – que movimentam as atenções gerais e até servem de parâmetro e estímulo para mudanças e reorientação dos investimentos dos governos, em suas várias instâncias.
Agora mesmo, essas atenções têm-se concentrado nas possibilidades que a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 abrem para o Brasil, do ponto de vista de oportunidade para melhorar a nossa infraestrutura de transportes, saneamento, acessos viários, ampliação dos aeroportos, da rede hoteleira e, não podemos esquecer, a reforma ou construção de novos estádios esportivos.
Contudo, é importante não esquecer que a Copa e a Olimpíada passam, mas o País fica. E que as obras previstas, sobretudo para as cidades-sede, não devem ter em vista apenas o improviso e uma data no calendário, mas o legado que esses eventos podem deixar para esta e para as gerações vindouras.
Esse legado, não está apenas nas obras visíveis e palpáveis, mas no estímulo para a melhoria em duas áreas indispensáveis ao desenvolvimento: a educação e a saúde.
Bons exemplos que devem ser seguidos estão aí e o maior deles, em nosso entender, ainda é o de Barcelona, a cidade espanhola que, agarrando a oportunidade da Olimpíada de 1992, soube modernizar-se e revitalizar-se em favor de seu crescimento, do seu futuro e do bem-estar social e econômico de seus cidadãos. Tornou-se um dos destinos turísticos mais procurados do mundo, o que tem atraído um fluxo contínuo de investimentos empresariais.
Não podemos, por conta da colocação do País no cenário esportivo e turístico mundial, perdermos o foco de suas carências, agravadas ultimamente, em diversas regiões, pelas enchentes que destruíram cidades e provocaram o colapso da infraestrutura local e irreparáveis perdas humanas. Está ainda aí, na lembrança de todos, o episódio da inundação ocorrida em dezembro de 2008 em Santa Catarina. De lá para cá, pouco se investiu em obras permanentes para reduzir os efeitos de fenômenos naturais.
Por isso, falar hoje em obras novas, de utilidade episódica ou duvidosa, seria, em nosso entender, comprometer aquelas obras de alcance mais amplo e de benefícios sociais multiplicadores.

Estádios esportivos e o TAV
Temos acompanhado a questão da escolha do estádio para a abertura da Copa de 2014. Rifaram o Morumbi, em São Paulo, na expectativa de construir um estádio novo, com gastos possivelmente superior a R$ 1 bilhão. Por melhor que seja o projeto, o estádio será usado no máximo duas vezes por semana, 8 dias por mês, 90 dias por ano. E o que faremos dele nos outros 9 meses do ano?
O planejamento na engenharia é contra o imediatismo e o improviso. Por isso, vale a pena questionar também se não seria mais sensato trocar o Trem de Alta Velocidade por 300 quilômetros de metrô em algumas das cidades-sede, injetando, nessas obras, o mesmo volume de recursos previstos para a ligação ferroviária São Paulo-Rio de Janeiro.
Nesse momento em que premiamos empresas de engenharia brasileiras, cujo exemplo de persistência e capacitação se encontra documentado nas obras que realizaram, é bom lembrar que o Brasil é um País ainda em construção e que não pode marginalizar as prioridades de sua população para favorecer projetos difíceis de serem justificados diante da sociedade.
Falamos isso com a experiência de uma publicação técnica que, ao longo de 50 anos, tem-se dedicado a cobrir fatos, obras e eventos da Engenharia, tais como as usinas hidrelétricas do complexo de Urubupungá -Jupiá e Ilha Solteira – ; o terminal salineiro de Areia Branca, em Mossoró, Rio Grande do Norte; a ponte rodoferroviária Propriá-Colégio, sobre o rio São Francisco; o emissário submarino de Manaus, que apelidamos de Operação Boiúna; as superestacas utilizadas para construir o porto do Rio Grande; o túnel de adução do sistema Cantareira, em São Paulo – para citar apenas algumas das obras pioneiras daqueles tempos, que visitamos pessoalmente, sempre em companhia do jornalista Nildo Carlos Oliveira.

Processo de internacionalização
Iniciamos este ano um processo de internacionalização, com a nossa parceria com a revista Engineering News Record, da editora americana McGraw-Hill , que tem mais de 100 anos de atividades e cobre projetos de infraestrutura em todo o mundo. Na troca de conteúdo editorial, começamos a colocar projetos do Pai’s no cenário mundial, como o TAV e a hidrel&

eacute;trica de Foz do Chapecó.Outras parcerias estão sendo articuladas. ‘E por isso que iniciamos a busca de uma marca global, cuja pesquisa convidamos o publico presente a opinar.
Envaidece-nos, nessa trajetória, poder, hoje, prestar homenagem nesta solenidade :
– Ao mestre Joaquim Cardozo, o grande engenheiro calculista, falecido em 1978 e que foi companheiro dos sonhos de Niemeyer e de Lúcio Costa na construção de Brasília. Seu nome dignifica o diploma honorifico que estamos entregando às empresas premiadas.
– À engenheira Moema Pará Noronha, que desde 1986 é presidente da Noronha Engenharia. Esta empresa chega aos 78 anos de atividades com um conjunto das mais expressivas obras de engenharia do País. Queremos, por intermédio de Moema Noronha, homenagear todas as engenheiras brasileiras que abraçaram uma profissão tão desafiadora. Só para lembrar: a nossa homenageada de hoje recebeu, em 1996, em Copenhague, Dinamarca, o Prêmio da International Association for Bridge and Structural Engineering.
– E, por último, queremos homenagear o Clube de Engenharia, que em dezembro próximo completa 130 anos de atividades. A entidade, fundada em 1880 no Rio de Janeiro, tem discutido, desde o Império, os problemas brasileiros. A sua história incorpora nomes célebres, dentre eles, os de Pereira Passos, Paulo de Frontin, Maurício Joppert, e Saturnino de Brito Filho.
É em nome desses grandes nomes da Engenharia brasileira que conclamamos todos a se empenhar por um legado verdadeiro pós-jogos para o País, em benefício de todos os brasileiros.

Construtoras
Foram premiadas as seguintes empresas:

Construtora Norberto Odebrecht, representada pelo seu presidente, Benedicto Barbosa da Silva Jr. Construções e Comércio Camargo Corrêa, representada pelo diretor superintendente , Arnaldo Cumplido; Galvão Engenharia, representada pelo diretor da Unidade de Negócio Público de São Paulo, João Carlos de Magalhães; Delta Engenharia, representada pelo gerente gestor de Negócios, Helvétio Rocha; Mendes Junior Trading, representada pelo diretor da Área de Negócios Centro-Sul, Sidney Silveira Lobo da Silva Lima; Egesa Engenharia, presente por intermédio do diretor administrativo e financeiro, Adalberto Otávio Campos; Construtora Tenda, representada pelo diretor de Operações, Luís Fernando Bueno; Azevedo e Travassos Engenharia, com a presença do diretor-superintendente Renato de Almeida Pimentel Mendes; Construtora Sucesso, representada pela advogada Virgínia de Medeiros Claudino Milani.

Montagem mecânica e elétrica industrial
Premiadas as seguintes empresas:
UTC Engenharia S.A., representada pelo diretor presidente, Ricardo Pessôa; GDK, presente o diretor Samuel Reche Barboza; Alusa Engenharia, representada pelo diretor comercial, César Luiz de Godoy Pereira; Contreras Engenharia e Construções, representada por Rodrigo Vidal; União Fabricação e Montagem, presente por intermédio do diretor geral Salvador Turco; Temon Técnica de Montagem, presente o presidente Álvaro José Rezende Assunção e MCM Construções e Montagem, presente o diretor comercial Pedro Morato.

Projetistas e Gerenciadoras
Engevix Engenharia, representada pelo presidente Cristiano Kok; Promon Engenharia, presente o diretor de Negócios, José Octávio Lisboa de Alvarenga; Projel, representada pelo diretor executivo, Emilio P. S. Abdu; Sistema PRI, presente o diretor José Carlos Teani; Geossistemas, representada pelo presidente, Roberto Lemos Muniz e SEI Consultoria, que se fez representar pelo presidente Rogério Vieira Chaves.

Serviços Especiais de Engenharia
Telemont Engenharia de Telecomunicações, presente com seu diretor administrativo financeiro, Alexandre Abdala Miranda; Metasa, presente o diretor-superintendente Luiz Carlos de Lima; Mills do Brasil, com a presença do diretor da divisão de construção,Erik Barstad; Concrejato, representado pelo diretor executivo, Fábio Jorge de Oliveira; Reframax, representado pela diretora administrativa Fernanda Guimarães; SH Formas, presente com o diretor comercial, Cláudio Possenti e Fast Engenharia, presente com o diretor Antônio Domingos Fasolari.

Projetos sociais
Este ano a revista O Empreiteiro elegeu duas empresas, que foram homenageadas em razão de projetos sociais que vêm desenvolvendo:
Carioca Christiani Nielsen. Ela promoveu a primeira classe de alfabetização em 1991, totalizando 1500 colaboradores até agora e que é responsável por outro projeto – "Semeando Educação" – que atende a 500 crianças no contraturno escolar. Tânia Fontenelle, diretora da empresa recebeu o diploma das mãos de Vinicius Rodrigues Morais Junior, gerente de marketing da Gerdau.
Mascarenhas Barbosa Roscoe. Ela desenvolve os projetos "De Olho no Futuro", de qualificação de mão de obra, em parceria com o SENAI, e "Mãos à obra", de apoio a creches e entidades beneficentes de Minas Gerais. O superintendente comercial, Luiz Alexandre Pires, recebeu o diploma das mãos de Paulo Estêves, diretor da Solaris.

Moema Pará Noronha
Foi homenageada a engenheira Moema Pará Noronha e, por seu intermédio, homenageadas também todas as engenheiras brasileiras. Moema é diretora-presidente da Noronha Engenharia, empresa projetista da maior relevância no cenário da engenharia brasileira, que está completando 78 anos de atividades. Ela conta no seu acervo, já na gestão da atual presidente, obras como 1ª ponte estaiada do País, no rio Paranaíba; a Linha Amarela do Rio e estações do metrô de São Paulo, além de outras obras memoráveis da infraestrutura brasileira. A engenheira Moema Noronha recebeu o diploma das mãos do presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogosssian.

Clube de Engenharia
Por fim, houve uma homenagem também ao Clube de Engenharia, que chega aos 130 anos de atividades. Ele tem sido, desde que foi fundado na época do Império, um fórum privilegiado aberto à discussão das grandes questões nacionais, sob o foco da engenharia, no Rio de Janeiro. Francis Bogossian, presidente do Clube, recebeu o diploma das mãos do editor da revista, Nildo Carlos Oliveira.

Uma visão de futuro
Lélio de Souza Júnior, diretor da Totvs Consulting, encerrou o encontro com uma visão de futuro para o Brasil. Elogiou o desempenho das empresas objeto das pesquisas do Ranking da Engenharia Brasileira e disse que a Totvs está preparada para atender aos projetos de desenvolvimento das empresas nesse campo, sobretudo na área de gerenciamento, onde detém experiência global.

Patrocínio e apoio
A Totvs foi o principal patrocinador do evento, que teve como co-patrocinadores a Pottencial, Gerdau, Solaris, Arezaa e Doosan. Apoiaram-no institucionalmente as seguintes entidades: Abcon, ABCR, Abdib, Abemi, Abratt, Aeerj, Aneor, Asbea, CBIC, Clube de Engenharia, Fiabi-Brasil, Fiesop/Ciesp/CIC, Instituto de Engenharia/SP, Secovi/SP, Sicepot/MG, S

inaenco, Sinduscon/SP, Sinicesp e Sinicon.

Fonte: Estadão


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