RJ: Prefeitura quer permitir gabarito de até 50 andares para poder investir na Zona Portuária

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A prefeitura quer autorizar a iniciativa privada a construir arranha-céus de até 50 andares na Zona Portuária em troca de recursos para investir em infraestrutura urbana na área, incluindo os bairros de São Cristóvão, Cidade Nova, Saúde, Gamboa, Caju e Santo Cristo e parte do Centro (na Avenida Presidente Vargas e ruas internas). A proposta consta do projeto de lei complementar que o prefeito Eduardo Paes apresentou nesta segunda-feira durante um almoço no Palácio da Cidade, em Botafogo, para 45 dos 51 vereadores , no qual detalha como seria executado o projeto de revitalização da região.

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O projeto de lei para tirar o Porto Maravilha do papel foi lançado no fim de junho, numa cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva , mas só divulgada oficialmente nesta segunda-feira. A proposta divide a região em 30 setores, que podem ser alvos das chamadas Operações Urbanas Consorciadas.

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Pela proposta, a prefeitura estabelece parâmetros mínimos para construir em cada uma dessas áreas. As construções acima desses gabaritos seria possível com o uso dos chamados Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), a serem vendidos em leilões públicos supervisionados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nos terrenos incluídos no projeto do Porto poderão ser construídos prédios residenciais ou mistos (também com aproveitamento como escritórios); universidades, supermercados, clubes, hotéis, hospitais e igrejas.

VLT pode tirar ônibus das ruas

O projeto do Porto prevê a criação de uma nova estatal para coordenar o lançamento das Cepacs e administrar pelo menos R$ 2,6 bilhões captados (valor mínimo estimado) com a venda de até quatro milhões de metros quadrados adicionais em potencial construtivo. Com os recursos, a futura Companhia de Desenvolvimento da Região do Porto (Cdurp) tentaria, ao longo dos próximos 30 anos, viabilizar projetos como a implantação de uma linha de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) no Centro.

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O serviço de VLT substituiria linhas de ônibus que cruzam a região.

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Um dos eixos do novo VLT seria a Avenida Rodrigues Alves.
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Os bondes circulariam no canteiro divisor das pistas, hoje ocupadas pelas pilastras do Elevado da Perimetral, que seria demolido, e o trânsito, reorganizado com a construção de um túnel com dois quilômetros de extensão na altura do Armazém 5.

Ele faria a ligação da Praça Mauá à Avenida Rodrigues Alves. Os estudos técnicos para a demolição do elevado – que incluirá um plano de contingência para o trânsito – estão em fase de licitação pelo município.

Fonte: Estadão


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