Em entrevista publicado no jornal O Estado de S.Paulo, a presidente da subsidiária brasileira da SPIC, Adriana Waltrick, informou que suspendeu os estudos de novos projetos de geração no País por conta dos cortes de geração elétrica efetuados pelo ONS-Operador Nacional do Sistema Elétrico que atingiram os parques eólicos e usinas fotovoltaicas, por falta de capacidade de linhas de transmissão. Ela também criticou o adiamento do leilão de reserva de capacidade que estava previsto para 2024, foi adiado para Junho passado, e novamente cancelado por conta de ações legais por parte de empresas contrárias aos termos do edital.
Waltrick lembra que a SPIC tem quase 1 GW de capacidade em usinas solares, que sofreram cortes de geração de quase 60%, embora na média se mantiveram em 30% — contra níveis de corte de geração de 5% no mercado global. Ela critica ainda as quase 600 emendas recebidas pela MP No.1300/2025 no Congresso. “O planejador deixou de ser a EPE-Empresa de Pesquisa Energética, para ser o Congresso, e isso diminui muito a eficiência de um setor que precisa ser pensado no médio e longo prazo”.
A SPIC opera a hidrelétrica de S.Simão, dois parques solares e dois complexos solares, e é acionista da GNA Gás Natural Açu, que opera duas termelétricas a GNL no porto de Açu, RJ, e constrói uma terceira usina similar. Entidades que representam as usinas eólicas e solares calculam os prejuízos em cerca de R$2,5 bilhões com os cortes de geração.





