Tecnologia alcança etapa avançada e amplia uso

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Supermercados, shopping centers, centros de convenções,plantas industriais, estádios para a Copa, aeroportos. A tecnologiados pré-fabricados de concreto tem papel decisivo para cumprimento dos prazos

As razões para o atual desenvolvimento, na aplicação das peças pré-fabricadas de concreto, são muitas. Mas podem ser resumidas, dentre outras, em cinco: 1. As peças pré-fabricadas de concreto reduzem o prazo das construções; 2. Têm custo e qualidade sob controle e, portanto, podem ser garantidas; 3. Oferecem possibilidades de protensão em pista, o que comprovadamente revela favorável custo/benefício em relação a outros sistemas; 4. Permitem a construção de lajes alveolares de concreto; e 5. Permitem que estruturas sejam projetadas com grandes vãos e sobrecargas.

Ronaldo Franco, da T&A Pré-fabricados em São Paulo, diz que a versatilidade da tecnologia e os avanços que ela já obteve naqueles e nos mais diversos segmentos da infraestrutura têm permitido que ela seja escolhida para a construção de estruturas de obras aeroportuárias.

“Tanto é”, informa ele, “que ainda recentemente a nossa empresa concluiu três obras em aeroportos”. A primeira foi no aeroporto de Sorocaba (SP), com a construção do hangar Jet Center destinado à manutenção e fretamento de jatos executivos. As demais resultaram dos projetos para ampliação do Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro, em Guarulhos (SP). “Participamos da construção de parte do novo terminal de passageiros (TPS3) e da ampliação do free shop DutyFree, no atual terminal de passageiros.”

Ele acrescenta que, para aquelas três obras, a empresa forneceu a estrutura completa, composta de pilares, vigas e lajes alveolares. Elas absorveram cerca de 2.000 t de cimento, 5.200 m³ de concreto e 600 t de aço.

A ampliação daquele aeroporto contou com projeto de cálculo estrutural a cargo da empresa espanhola Engecorps. Ela foi contratada diretamente pela Concessionária Aeroporto Internacional de Guarulhos S. A. e tem o respaldo dos escritórios nacionais Grupo Técnico de Projeto e Zamarion e Millen Consultores.

As estruturas pré-fabricadas foram dimensionadas para uma resistência de 50 MPa e são compostas de pilares cujo comprimento varia de 6 m a 22 m. As peças de maior comprimento foram fornecidas em dois segmentos, o que facilitou o processo de transporte e montagem. As vigas têm de 9 m a 18 m de comprimento e são protendidas. A protensão foi obtida em pista mediante o processo de pré-tensão. As lajes alveolares foram dimensionadas para suportar o peso de todos os equipamentos previstos, a movimentação de bagagens e a circulação de passageiros.

O sistema de ligação entre pilares e vigas foi concebido nos moldes de uma estrutura pré-fabricada no canteiro. Ele é composto de elementos metálicos embutidos nas peças pré-fabricadas e soldados em seguida.

Para o hangar Jet Center, no aeroporto de Sorocaba, foi concebida uma estrutura de concreto com fck de 50 Mpa, com peças armadas e protendidas. O projeto foi desenvolvido pelo escritório Pedreira de Freitas, contratado pela T&A Pré-fabricados.

Ronaldo Franco informa também que a capacidade de produção da T&A na unidade de São Paulo, em Itu, é de aproximadamente 5.000 m³ de concreto. Ali são produzidos pilares, vigas armadas e protendidas, lajes alveolares protendidas, painéis alveolares e maciços, telhas de concreto e estacas protendidas e centrifugadas.

Ele assinala também que um dos mais interessantes desafios da empresa foi a execução de vigas protendidas com 16 m de comprimento. Por causa do grande vão e carga, as vigas deveriam ser protendidas com pretensão em pista, com a complementação de pós-tensão na fábrica.

“As peças chegaram a pesar 30 t cada e tiveram que ser transportadas e montadas com equipamentos especiais de alta capacidade”, afirma ele.

Ronaldo ressalta que o ganho do ponto de vista de tempo na utilização de sistemas pré-fabricados de concreto é muito grande em relação, comparativamente, a estruturas convencionais. “Tanto assim”, acentua ele, “que nas obras de Guarulhos conseguimos diminuir os prazos de construção em aproximadamente 50%”.

Ele reitera que a urgência para aumentar a infraestrutura de mobilidade brasileira, por causa dos eventos esportivos de 2014 e 2016, poderá frustrar-se caso a opção recaísse em outro processo, e não na tecnologia dos pré-fabricados de concreto.

Fonte: Revista O Empreiteiro


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