Tietê Plaza abriga 214 lojas em estrutura pronta para ser ampliada

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O formato do terreno influenciou o desenho da obra onde a conjunção de elementos pré-moldados e elementos metálicos se revelou fundamental

São mais de 120 mil m² de área construída, em ponto viário considerado estratégico. E o impacto econômico deverá ser considerável, na região Oeste de São Paulo, cidade que adotou os shoppings como suas "praias" preferenciais

Nildo Carlos Oliveira

As obras evoluíram ali, na confluência da Marginal Tietê com a avenida Raimundo Pereira de Magalhães, em terreno de 45 mil m². Inaugurado em dezembro último, oshoppingtem um partido arquitetônico concebido pelo escritório de arquitetura canadense Designcorpo. Mas coube ao escritório brasileiro Collaço & Monteiro o desenvolvimento do projeto em todas as suas fases.

Um dado da essência da concepção — e que valoriza o empreendimento — é a exploração dos recursos do paisagismo na configuração da obra. Ela adquiriu formato triangular por causa do terreno e os seus espaços se distribuem em três subsolos e três pavimentos.

Oshopping, empreendido pela Cyrela Commercial Properties (CCP), foi construído de modo a integrar-se aos contornos do meio urbano da região. “E a intenção foi essa mesma”, afirma Nelson Bueno de Camargo, superintendente. Ele diz que durante toda a construção procurou-se manter e preservar toda a área verde da frente do terreno, bem como a parte da área verde dos fundos. “Tivemos o cuidado de retirar o mínimo possível da vegetação local, a fim de conservarmos um projeto de paisagismo que abraça a estrutura”. Não é por outro motivo que a obra, para a qual a CCP desembolsou nada menos que R$ 260 milhões, recebeu a pré-certificação Leed Silver na categoria Core & Shell, do Greeen Building Council.

O programa da arquitetura previu a disposição de 214 lojas em dois pisos, além de oito lojas-âncora e oito megalojas. O terceiro piso abriga a praça de alimentação e sete salas de cinema. Além disso, ele oferece 2.116 vagas de estacionamento.

A praça de alimentação foi concebida toda em vidro a fim de proporcionar uma visão panorâmica e privilegiada do entorno. O formato e a iluminação destacam-se a partir das vias de acesso. Na parte externa, há destaque para uma parede verde e para as fontes, visíveis na entrada, próximo ao acesso ao lobby. E, para garantir melhor conforto aos frequentadores, cada um dos trêsmallstem piso e forros diferenciados, todos dotados de claraboia, assegurando a entrada de luz natural. O pé-direito dá a medida do conforto, considerando a escala humana. Ele é da ordem de 20 m.

O escritório Collaço & Monteiro informa que a configuração do terreno determinou a forma. O desenho é o de um triângulo. Assim, dois pisos são curvos e, o outro, oval. Este é o ponto focal do projeto, o que lhe dá visibilidade a uma grande distância.

Há destaque, no empreendimento, para as soluções técnicas adotadas na construção e para as soluções sustentáveis, uma característica que vem sendo buscada em todo o mundo, em razão da consciência ecológica que está se generalizando.

Dentre as soluções sustentáveis, a CCP evidencia a cobertura revestida com uma tinta fria, que permite a redução da temperatura em até 30ºC. Já os vidros, de alto desempenho, proporcionam conforto térmico, reduzindo o calor em até 70%, segundo os empreendedores.

A diminuição do consumo de água também foi uma preocupação do projeto. A meta é reduzir os gastos com água em mais de 50%, em relação a umshoppingcenterconsiderado convencional. Para isso, haverá o reúso das águas cinza, provenientes de torneiras e chuveiros. Elas serão reutilizadas nas descargas sanitárias e no sistema de irrigação.

As áreas reservadas para coleta seletiva seguem uma política de “limpeza verde”, expressa na identificação de procedimentos, equipamentos e produtos de limpeza com baixa concentração de poluentes e de baixo impacto ambiental. Outro pormenor resolvido no projeto: as vagas de estacionamento estão no subsolo. Isso não se dá apenas para conforto dos usuários, mas porque o objetivo é reduzir o efeito da ilha de calor provocado pelo aumento da temperatura diante das áreas vizinhas.

Nelson Bueno de Camargo informa também que houve cuidados especiais na especificação dos materiais utilizados na construção e acabamentos, não somente do ponto de vista da qualidade, mas também do ponto de vista dos pontos em que eles seriam adquiridos. Houve a preocupação para que fossem comprados, se possível, em empresas nunca localizadas num raio superior aos 400 km do empreendimento. Ele diz que, com essa medida, houve economia de combustível, baixa emissão de poluentes na atmosfera e uma mexida na melhoria dos negócios dessas empresas.

Fonte: Revista O Empreiteiro


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