Trabalhos vão recuperar 100 km de pistas

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A Ecopistas começa os serviços no trecho entre Guarulhos e São Paulo, que é considerado o mais crítico, em função do maior volume de tráfego

Joás Ferreira

Até o final deste ano, a concessionária Ecopistas planeja executar a recuperação de cerca de 100 km de faixas de rolamento na rodovia Ayrton Senna, no trecho entre São Paulo e Mogi das Cruzes.

O primeiro trecho a ser trabalhado é o que fica entre os municípios de Guarulhos e São Paulo, do km 25 ao 12 (sentido capital), por ter sido diagnosticado como o mais crítico, em função do alto volume de veículos que trafega por ali. Posteriormente, segundo a concessionária, as obras serão estendidas para o trecho entre Guarulhos e Mogi das Cruzes, do km 20 ao 45 (sentido Interior) e do km 55 ao 45 (sentido São Paulo). As faixas da direita desses trechos serão priorizadas por serem utilizadas por veículos pesados e, consequentemente, apresentarem maior grau de deterioração.

Entre os equipamentos previstos pela concessionária para o corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto, estão sendo construídos dois postos de pesagem móvel (PPM), em ambos os sentidos da rodovia Carvalho Pinto (km 104), com investimentos da ordem de R$ 2,5 milhões; e realizado melhoria e adequação para acessibilidade em passarelas da rodovia Ayrton Senna (localizadas no km 31 e no 35), nas quais serão aplicados R$ 200 mil e R$ 550 mil, respectivamente.

Restauração asfáltica

O projeto de dimensionamento de restauração das camadas asfálticas foi elaborado visando garantir que a durabilidade do pavimento seja de cerca de cinco anos. Para isso, o trabalho tem como base os métodos previstos no AASHTO (guia internacional de cálculo de dimensionamento) e nos procedimentos DNER PRO-011/94 e DNER PRO-269/94, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Além disso, as obras incluem implantação de drenos de pavimento, que é um sistema utilizado para impedir o acúmulo das águas da chuva e do lençol freático embaixo da pista, o que prejudicaria a recuperação da malha viária. Estão previstas fresagem e recomposição com espessura variável do asfalto, que serão realizadas de acordo com as condições de cada trecho; reconstrução da base do pavimento; implantação de camada intermediária antireflexão de trincas (massa fina de asfalto que impede a propagação de trincas da base para o revestimento superficial); e reparos superficiais localizados.

Para a realização das obras, a Ecopistas vai utilizar o pavimento concreto asfáltico usinado a quente (CAUQ), modificado com polímero, que tem a característica de ser mais resistente.

Desde o início da concessão, a concessionária recuperou cerca de 300 km de faixas de rolamento, dos quais 175 km passaram por intervenção no primeiro semestre de 2011. A previsão é de que 100% da malha viária da rodovia Ayrton Senna seja recuperada até julho de 2012.

Outras obras

Do começo deste ano até aqui, também foram executadas intervenções no pavimento da rodovia Hélio Smidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. Após as obras de ampliação (realizadas em direção ao aeroporto), todas as faixas de rolamento dos 2,4 km da via, concedidos à Ecopistas, receberam novo pavimento nos dois sentidos.

Para evitar transtornos ao tráfego, em função da interdição de faixas da rodovia para a realização das obras de recuperação do pavimento, a concessionária programou a realização dos serviços para o período da madrugada, especialmente nos trechos de maior movimento.

Trechos que compõem o Corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto

• SP 070 – Rodovias Ayrton Senna e Governador Carvalho Pinto: entre o km 11, a partir da Marginal do Tietê, no município de São Paulo, ao km 130, no entroncamento com a Rodovia Presidente Dutra (BR 116), no município de Taubaté. Um total de 119 km.

• SP 019 – Rodovia Hélio Smidt: entre o km 0, no entroncamento com a rodovia Ayrton Senna (SP 070) e o km 2,400, no município de Guarulhos.

• SP 099 – Rodovia dos Tamoios: entre o km 4,500, em São José dos Campos, e o km 500, também em São José dos Campos. Um total de 7 km.

• Via de Interligação SPI 179/060: liga a rodovia BR 116 (km 179) à SP 070, do km 0, no entroncamento com a BR 116, ao km 5, no entroncamento com a SP 070, no município de Guararema.

• Via de Interligação SPI 035/056: liga a rodovia SP 056 à SP 070, do km 0, no entroncamento com a SP 056, em Itaquaquecetuba, ao km 0, no entroncamento com a SP 070, também em Itaquaquecetuba.

• Segmentos transversais, trevos, obras de arte e instalações complementares do tipo urbano ou rodoviário da rodovia SP 070. Os principais segmentos mencionados totalizam 2 km e estão localizados no km 45 (interseção com SP 088) e no km 111 (interseção com SP 103).

O papel de ligação das cidades economicamente desenvolvidas

Antiga rodovia dos Trabalhadores, a Ayrton Senna foi inaugurada em 1982, com apenas 50 km de extensão, interligando inicialmente a capital à cidade de Guararema, na região do Alto Tietê. Na época, também foi inaugurada, em Guarulhos, uma ligação entre a rodovia e o Aeroporto Internacional. Com um traçado paralelo à rodovia Presidente Dutra, a Ayrton Senna cruza, ainda em seu início, na divisa entre São Paulo e Guarulhos, o Parque Ecológico do Tietê.

Em 1990, começou a ser construída a continuação da então rodovia dos Trabalhadores. Inaugurada em 1994, já sob o nome de rodovia Carvalho Pinto e com 70 km de extensão, a estrada passou a ligar Guararema a Taubaté.

O eixo rodoviário formado pela Ayrton Senna e Carvalho Pinto representa um dos mais importantes corredores de distribuição da produção industrial das cerca de duas mil empresas instaladas na região do Vale do Paraíba, com destaque para a forte presença das indústrias do setor automobilístico, como Volkswagen, GM e Ford, e do setor siderúrgico, que tem como exemplo a Usiminas.

Com 134,9 km de extensão, o corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto recebe cerca de 150 mil veículos pedagiados por dia, nos dois sentidos, e faz parte do corredor de Exportação Campinas – Vale do Paraíba Litoral Norte.

Fonte: Estadão


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