A direção da Vale fez outros comunicados importantes na reunião com a governadora e vários secretários estaduais. Atendendo a um pedido do governo do estado, a companhia vai construir, em Belém, um escritório de projetos de engenharia, que já está em instalação e contratará, de forma imediata, cerca de 80 engenheiros.
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O escritório já vai elaborar o projeto da siderúrgica que a Vale construirá no Ceará, e também parte dos projetos envolvendo a siderúrgica de Marabá e, ainda, obras no terminal marítimo Ponta da Madeira, que a empresa utiliza no Maranhão.
A Vale comunicou à governadora que já iniciou a transferência, do Rio de Janeiro para Belém, de toda a estrutura de planejamento e administração da Vale Florestar. Por este projeto, a companhia já plantou cerca de 55 mil hectares só durante o governo de Ana Júlia, além da recuperação da reserva legal em áreas onde atua. Como parte da adesão ao projeto do governo do estado Um Bilhão de Árvores, a companhia vai plantar 30 mil hectares de espécies nativas e se comprometeu, até 2010, somando todas estas ações, a plantar ou recuperar 120 mil hectares.
O escritório de projetos e a transferência da Vale Florestar para Belém objetivam integrar mais a área de concepção com a de implantação de projetos e obras, produzindo mais sinergia entre as estruturas e otimizando o resultado final.
Consórcio – A companhia também comunicou à governadora que, no município de Moju, começará a funcionar em 2014 o consórcio Vale/Biopalma, que representa um investimento de 350 milhões de dólares em sete anos. O projeto, de biodiesel, atenderá às locomotivas e caminhões do sistema Norte da empresa. “Temos cinco mil hectares plantados para garantir esta produção de biodiesel.
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Serão 160 mil toneladas por ano e nove mil empregos gerados. Viemos convidar a governadora para uma visita à área em outubro. E ela também deve estar no lançamento da pedra fundamental da siderúrgica”, comentou Fernando Augusto Quintella, diretor do Departamento de Desenvolvimento e Implantação de projetos de Capital, Sustentabilidade e Relações Institucionais.
O diretor da Vale acrescentou que, nos próximos 60 dias, a empresa vai recontratar funcionários em Carajás e Ourilândia do Norte (cerca de 1.200 pessoas, sobretudo na área da construção civil), para acelerar o ritmo do projeto de níquel Onça Puma. Durante o encontro, a governadora informou que o Ministério dos Transportes confirmou que as obras do desvio que será necessário fazer na Transamazônica, dentro de Marabá, por conta da instalação da siderúrgica e do porto público no município, estarão concluídas pelo DNIT dentro do cronograma, que é maio de 2010.
Licença ambiental – Ana Júlia Carepa também confirmou para este sábado (11) a entrega da licença ambiental, em Curionópolis, para a implantação do projeto de produção de ferro da Serra Leste. O município será beneficiado com royalties e a licença se baseia em sólido rigor ambiental, respeitando, entre outras exigências, distância mínima de 250 metros das duas cavernas que existem na região.
Durante a reunião, foi pactuado, entre a governadora e a diretoria da Vale, benefícios para empresas paraenses enquanto fornecedoras da Vale: sempre que houver três empresas finalistas oferecendo produtos e insumos, a escolhida será uma empresa paraense, a menos que haja alguma razão expressa em contrário. Em 2008, a Vale comprou dos fornecedores paraenses 2,1 bilhões de reais.
Com a pactuação, este total deve ser ainda maior em 2009 e nos próximos anos.
Ana Júlia Carepa lembrou que, desde o início do governo, “propomos aumentar as ações em cooperação com a Vale e outras grandes companhias, saindo de ações pontuais para projetos e programas, articulando e potencializando ações isoladas das companhias privadas com demandas estratégicas do governo e da sociedade. Os anúncios feitos aqui representam o êxito desse objetivo.
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O secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), Maurílio Monteiro, informou durante o encontro no Palácio dos Despachos que o governo já ultima os detalhes do protocolo envolvendo a siderúrgica em Marabá, em aspectos fiscais, creditícios e outros. A assinatura deste protocolo deve ocorrer em 25 de agosto próximo, durante visita da ministra Dilma Rousseff ao Pará.
Fonte: Estadão