Uma obra complexa e que exigiu elevado índice de qualidade dos serviços executados marcou a segunda etapa das instalações fabris da Souza Cruz no Distrito Industrial de Cachoeirinha (RS), inaugurada dia 7 de março deste ano. No local, a companhia abriu um novo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (CPD), considerado um dos melhores do mundo e o mais completo do grupo British American Tobacco (BAT), acionista majoritário. Foram aplicados R$ 150 milhões nas instalações, que têm área construída de 19.800 m² e são compostas por cinco blocos integrados de laboratórios e uma planta-piloto destinada ao desenvolvimento de amostras e novos processos de produção. Assim como na primeira etapa – cuja área construída foi de 55 mil m² – , os trabalhos de construção civil também foram de responsabilidade da Serpal, que respondeu ainda pelas instalações hidráulicas e elétricas dos novos prédios e coordenou as instalações de ar-condicionado do CPD. Mas foi na coordenação geral das obras e no acompanhamento da implantação, em todas as edificações, dos sistemas de ar-condicionado, eletromecânica, CFTV, voz e dados, controle de acessos e montagem de equipamentos e mobiliário especial dos laboratórios, que foi preciso alto grau de integração com todas as empresas participantes do empreendimento, conforme explica o engenheiro Alexandre Ronconi, gerente de Obras da construtora. Outro desafio foi o prazo muito apertado de execução, uma vez que transcorreram apenas 14 meses da assinatura do contrato ao término do trabalho, para uma obra que exigiu preocupações especiais, por se tratar de executar ambientes dentro do conceito de sala limpa. “Uma obra como esta, à semelhança de edificações farmacêuticas, não pode, por exemplo, ter nenhuma fissura. Na execução de um supermercado, isso não faria diferença, mas em um laboratório de pesquisas não é possível”, diz. Para garantir a qualidade, a Serpal, que possui larga experiência na construção de indústrias farmacêuticas, coordenou a execução interna dos edifícios a partir do contrapiso de concreto, seguida pelas paredes de gesso acartonado e, simultaneamente, instalações prediais, fechamento de piso, forro e colocação de rodapés arredondados em alumínio. Após essa etapa, instalou os equipamentos e móveis (bancadas e capelas) dos laboratórios, de grande complexidade, que estão conectados às instalações prediais. Para garantir a qualidade, a construtora decidiu manter um arquiteto no canteiro em período integral, durante todo o período de construção. Entre outras atribuições, ele ficou responsável pela montagem de um show-room de materiais e produtos na própria obra. “A Minerbo-Fuchs detalhou o projeto de arquitetura, mas nosso arquiteto tinha a missão de acompanhar minuciosamente a execução dos trabalhos e desenvolver os fornecedores mais indicados. Na seqüência, submetia o protótipo ao cliente para aprovação e, após isso, o produto era fabricado em escala real e permanecia no show-room à disposição de todos”, diz Ronconi. Entre os produtos e materiais adotados destacam-se forro FGR com película de PVC para a área dos laboratórios, de fácil manutenção e limpeza; forro AMF Termoacustic na área dos pesquisadores, que absorve contaminantes; e divisórias de gesso acartonado dentro do conceito sala limpa.
Fonte: Estadão