<font size="2"><p align="center"><strong><em>Países experimentam explorar comercialmente a energia dos oceanos</em></strong></p></font><p align="left"><font size="2">Maneiras eficientes de se aproveitar energeticamente </font><font size="2">a água dos oceanos para uso comercial, </font><font size="2">em grande escala, são estudadas há </font><font size="2">bastante tempo. Atualmente, conhecem-se </font><font size="2">duas formas: pela energia das marés, chamada </font><font size="2">maremotriz, associada à força das correntes </font><font size="2">marítimas, e pela energia das ondas, esta </font><font size="2">com maior potencial de exploração. <br /></font><font size="2">O sistema de geração de energia elétrica a </font><font size="2">partir da maremotriz utiliza o movimento de </font><font size="2">elevação das marés para encher um reservatório </font><font size="2">e movimentar uma comporta. Quando </font><font size="2">o nível do mar baixa, ela abre-se, formando </font><font size="2">uma queda d'água que gira a turbina ligada ao </font><font size="2">gerador elétrico.<br /></font><font size="2">Pela energia das ondas, o aproveitamento </font><font size="2">é feito por um conjunto de boias colocadas a </font><font size="2">poucos quilômetros da costa. Elas utilizam o </font><font size="2">movimento superficial do mar para gerar eletricidade, </font><font size="2">por meio de um equipamento que </font><font size="2">fica em contato com o fundo do oceano.<br /></font><font size="2">Com um processo limpo de geração de </font><font size="2">energia e pouco impacto ambiental, o primeiro </font><font size="2">projeto deste tipo foi inaugurado em </font><font size="2">Portugal, no ano passado, mas interrompido </font><font size="2">em 2009. A cidade de Póvoa de Varzim foi escolhida </font><font size="2">pela empresa escocesa Pelamis Wave </font><font size="2">Power (detentora do sistema de geração) </font><font size="2">para abrigar o primeiro parque mundial de </font><font size="2">aproveitamento de energia de ondas, devido à </font><font size="2">profundidade das águas, à energia das ondas, </font><font size="2">à proximidade aos portos marítimos e à facilidade </font><font size="2">de ligação com a rede elétrica. <br /></font><font size="2">Três máquinas, com capacidade inicial </font><font size="2">de 2,25 MW - suficiente para iluminar de </font><font size="2">mil a 1,5 mil habitações -, foram instaladas </font><font size="2">no Parque da Aguçadoura. Tratam-se de </font><font size="2">grandes tubos semiflutuantes de 30 metros, </font><font size="2">ligados entre si por uma articulação móvel e </font><font size="2">colocados em série na transversal das ondas. </font><font size="2">O movimento obriga que fluidos hidráulicos </font><font size="2">passem por motores e acionem geradores </font><font size="2">elétricos, que produzem energia. Depois de </font><font size="2">passar pelo transformador, a energia é transportada </font><font size="2">para a subestação da Aguçadoura. <br /></font><font size="2">Cada uma das "serpentes do mar" (significado </font><font size="2">de Pelamis) articuladas é constituída </font><font size="2">por cinco tubos que perfazem um comprimento </font><font size="2">de 150 metros e produzem 750 kW. O </font><font size="2">investimento total foi superior a 8,5 milhões </font><font size="2">de euros. Entretanto, no início de 2009, as </font><font size="2">três máquinas foram retiradas para substituição </font><font size="2">de peças e ainda não retornaram ao mar. <br /></font><font size="2">Originalmente, a segunda fase desse projeto </font><font size="2">conta com a aquisição de mais 25 máquinas, </font><font size="2">aumentando a capacidade para 20 MW, com </font><font size="2">investimento entre 60 e 70 milhões de euros.</font></p><strong><p align="center"><font size="2">Na Escócia</font></p></strong><p align="left"><font size="2">Paralelamente, em março deste ano a </font><font size="2">Pelamis Wave Power assinou com a empresa </font><font size="2">alemã E.ON um projeto equivalente ao </font><font size="2">de Portugal, na costa da ilha de Orkney, na </font><font size="2">Escócia. O teste de geração de energia a partir </font><font size="2">de ondas do mar está previsto para o começo </font><font size="2">de 2010. Será instalado um único aparelho </font><font size="2">de geração, construído no Centro Europeu de </font><font size="2">Energia Marinha, em Edimburgo. Os testes </font><font size="2">com o dispositivo de 750 kW Pelamis, de </font><font size="2">nova geração, devem ser estendidos por dois </font><font size="2">anos para aprimorar o equipamento.<br /></font><font size="2">A iniciativa de um Centro das Ondas </font><font size="2">no país pode resultar em geração de energia </font><font size="2">limpa da ordem de 20 MW, o bastante para </font><font size="2">abastecer 7,5 mil moradias.</font></p><strong><p align="center"><font size="2">Enquanto isso, no Brasil</font></p></strong><p align="left"><font size="2">A Coppe, núcleo de pesquisa de engenharia </font><font size="2">da Universidade Federal do Rio </font><font size="2">de Janeiro (UFRJ), desenvolve um projeto </font><font size="2">diferente de produção de energia renovável </font><font size="2">por meio das ondas do mar. Será implantado </font><font size="2">nas águas próximas ao cais do Porto de </font><font size="2">Pecém, a 60 km de Fortaleza (CE) e utiliza </font><font size="2">câmaras hiperbáricas. A água é capturada </font><font size="2">por flutuadores ligados a braços mecânicos, </font><font size="2">que acionam as bombas de sucção </font><font size="2">toda vez que uma onda passa. A câmara </font><font size="2">evita momentos sem água, ou seja, permite </font><font size="2">um fluxo continuo de água em direção às </font><font size="2">paletas da turbina. O desenvolvimento do </font><font size="2">projeto conta com apoio da Eletrobrás e do </font><font size="2">governo estadual cearense.</font></p> Fonte: Estadão