21 portos fluviais no Amazonas

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A Sistema PRI Engenharia iniciou em 2011 um extenso trabalho no segmento portuário, contratada pelo DNIT- Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte para gerenciamento, controle tecnológico e consultoria técnica das obras de construção de terminais hidroviários de pequeno porte. São 21 portos fluviais localizados por todo Estado do Amazonas.

Os serviços abrangem a construção de estruturas navais para atracação das embarcações e acesso à retroárea portuária, concebidas em duas configurações básicas: cais flutuante e pontes metálicas móveis ou plataformas metálicas deslizantes sobre rampas de concreto. Os serviços incluem também a execução de obras civis na retroárea, tais como terraplenagem, estruturas de contenção de taludes, prédios para terminais de passageiros, armazéns de carga, prédio para fábrica e armazenamento de gelo, guarita, poço artesiano, estacionamento, urbanização e paisagismo.

Para total controle do empreendimento, o DNIT optou por dividir o trabalho em quatro lotes e a PRI ficou encarregada de dar suporte técnico tanto em projetos de engenharia, quanto pela coleta e organização das informações relacionadas a prazo, qualidade e custos das obras de construção dos portos.

O primeiro lote refere-se ao gerenciamento e supervisão dos terminais hidroviários nos municípios de Canutama, Tapauá, Codajás e Beruri. O segundo lote inclui os terminais hidroviários de Iranduba, Careiro da Várzea, Boa Vista do Ramos, Barreirinha e Itapiranga. O terceiro lote abrange os terminais hidroviários de Japurá, Alvarães, Anori, Anamã, Rio Preto da Eva e Apuí – Prainha. O quarto lote atende os terminais de Guajará, Ipixuna, Eirunepé, Itamarati, Carauari e São Gabriel da Cachoeira.

Os portos estão situados nas calhas dos principais rios da bacia amazônica como Purus, Solimões, Amazonas, Japurá, Preto, Aripuana, Juruá e Negro. Segundo o diretor da Sistema PRI engenharia, Flávio Dezorzi, estas obras são complexas do ponto de vista de solução de engenharia,logística e de execução, por tratar-se de obras dispersas por todo o estado do Amazonas, com acesso precário e limitado.

A diferença do nível das águas dos rios amazônicos entre a época de cheia e a época de estiagem chega a atingir 15 m de altura, o que acarreta o alagamento de grandes áreas nas margens dos rios. Esta característica impõe a necessidade do estabelecimento de cronogramas de obras arrojados para aproveitar os meses que proporcionam as melhores condições para execução das atividades mais críticas, que são as obras de terraplenagem e contenção de taludes.

Nas cheias os rios invadem rodovias, obstruindo o acesso terrestre aos locais dos empreendimentos. “Muitas localidades não têm acesso terrestre nem campo de pouso, em casos específicos, como o porto de Codajás, o acesso é feito somente por barco ou hidroavião”, afirma Dezorzi. No outro extremo, a região amazônica também apresenta problemas em época de estiagem, quando os rios secam e impedem o acesso via barco.

Outra dificuldade encontrada na região está relacionada à escassez de mão de obra e materiais de construção. Para coordenar as diversas atividades, foi preciso alocar um engenheiro responsável em cada porto para gerar tais informações.

A viabilidade dos trabalhos só foi possível graças ao elevado nível de planejamento e controle dos serviços, com a utilização do Sistema PRI Manager. Trata-se de um software específico de gerenciamento, desenvolvido pelos diretores da empresa, que permite ter o controle de tudo que ocorre na obra, em tempo real, com a informação sendo visualizada de qualquer lugar, via internet.

Segundo o gerente do contrato, Ricardo Melito, à medida que foram sendo executados, dificuldades apareciam e foram resolvidas com readequações dos projetos, sem interrupções nas obras” explica.

Fonte: Estadão


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