Phytorestore vai expandir atuação em saneamento 

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Pensando em dobrar de tamanho em cinco anos, e aumentar o número de projetos com prefeituras, concessionárias de saneamento, hotéis e resorts, a Phytorestore Brasil, especializada em tratamento de esgotos e efluentes industriais usando jardins filtrantes, trocou seu comando, anunciando a nova CEO, Cristiane Schwanka. A empresa, que já realizou em torno de 20 projetos no país, a maioria em empresas, movimentando em torno de R$ 100 milhões em investimentos no tratamento de água e esgotos, desenvolve o projeto Amaparque, idealizado para recuperar a bacia hidrográfica do Igarapé da Fortaleza, em Macapá, no Amapá.

Envolvendo R$ 46 milhões em investimentos e ocupando uma área de 6,5 mil hectares, o parque vai englobar jardins filtrantes, parques lineares, complexos ecológicos e turísticos e um museu.

A empresa adota tecnologia desenvolvida na França, que só usa componentes naturais e plantas do bioma local, como inhame e bico de papagaio no caso do Brasil. São usadas camadas de seixos, brita e areia, sobre as quais são cultivadas plantas que ajudam na filtragem da água. Os jardins filtrantes são implantados em rios e lagos urbanos e removem 95% da carga poluente, mesmo nível obtido com o sistema de lodo ativado, por exemplo.

“Eu costumava ter desconfiança das soluções baseadas na natureza. Quando me propunham essas soluções eu perguntava, você garante que vai dar o resultado que preciso? E as respostas me deixavam insegura. Mas a Phytorestore faz a comprovação de resultados com análises de laboratórios acreditados. Isso me deu confiança nesses processos de saneamento”, afirmou a nova CEO, em entrevista divulgada no jornal Valor Econômico.

Entre os projetos já instalados pela Phytorestore, estão o Parque Orla Piratininga, em Niterói (RJ), o Parque Caiara, em Recife, instalações de tratamento de água nas fábricas da L’Oreal e da Natura e no Magazine Luiza. A empresa também discute com a Prefeitura de São Paulo um projeto para implantar jardins filtrantes no Parque do Ibirapuera. No exterior, a Phytorestore é responsável, por exemplo, por um projeto de despoluição no Rio Sena, em Paris, usando jardins filtrantes em uma área de 145 mil metros quadrados.

Foco no Norte e Nordeste

Segundo a executiva da Schwanka, o  alvo da empresa está nos municípios com menos de 15 mil habitantes, que têm demanda reprimida por estações de tratamento, hotéis e resorts. “No Norte e Nordeste, mais de 100 grandes hotéis não estão conectados à rede pública de saneamento e sofrem com estação de tratamento insuficiente ou inexistente”, afirma a CEO.

Schwanka diz que o custo total do jardim filtrante equivale a 30% do custo de um sistema de tratamento convencional e os resultados são observados entre 45 e 60 dias após a implantação. “O custo de operação é ínfimo, é um trabalho de jardineiro, para fazer a poda e o controle de pragas”, diz a CEO.


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