A morte de Eduardo Campos

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Ainda não há uma perspectiva. É como se alguém de repente apagasse todas as luzes do palácio e o deixasse entregue às próprias sombras. A morte de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, deverá ser lamentada profundamente. Talvez não pelo que tenha feito e mais pelo que estava na perspectiva do que poderia fazer.

 

Era um jovem político, amarrado a compromissos que ainda o identificavam com o governo federal, do qual fizera parte. Deu passos largos em seu estado, buscando governá-lo com  fotografia própria.  E, nesse campo, realizou numerosas obras, deixando outro tanto por ser feito.

 

Sabia tirar partido das oportunidades, como fez ao longo dos preparativos para a Copa. Concordou até com o projeto que previa criar a Cidade da Copa, ao lado do novo estádio construído para aquele evento internacional. Seu pensamento era expandir o Estado para onde pudesse e preparar a região metropolitana do Recife para crescer no sentido de São Lourenço da Mata.

 

Tinha a língua afiada, mas deixava o terreno de seu entorno permanentemente pronto para o diálogo. Não há informações de que deixa inimigos figadais. Deixa adversários, que a essa hora se apressam em estar presentes às cerimônias que serão organizadas para a despedida final.

 

Acercava-se de quem pensava o futuro do País, em um País onde só se pensa na exploração do que o País pode fazer em favor de ambiciosos futuros pessoais. Morreu no mesmo dia – 13 de agosto – em que o avô faleceu há nove anos. E, este, lhe deixou redigidos, em letra clara e redonda, os melhores aconselhamentos políticos. Pena que não tenha tido tempo  de levar mais adiante os propósitos generosos que colocou em sua agenda de candidato à Presidência da República.

 

Com a morte dele retomamos a agenda da mediocridade. Esperemos que haja tempo de renová-la.

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Remo Cimino

Faleceu dia 9 último, aqui em SP, o engenheiro Remo Cimino. Empreendedor e dedicado aos estudos para aprimoramento das práticas profissionais, foi um dos idealizadores e autores do que chamou Engenharia Compartilhada. Seu legado são seus estudos. E seus artigos. Participou de eventos da revista O Empreiteiro, para a qual colaborou. 

Fonte: Nildo Carlos Oliveira


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