A reinvenção de Detroit contra a crise e o Hyperloop que viaja a 1.200 km/h

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As revistas O Empreiteiro e ENR-Engineering News Record apresentama 19ª edição da newsletter conjunta

Detroit tenta se recriar

O município de Detroit, no estado de Michigan, Estados Unidos, tem sofrido grande transformação após mergulhar em dívida de US$ 18,5 bilhões, que fez com que decretasse falência. A municipalidade busca agora uma estratégia para recriar a cidade e sair da crise.

Enquanto isso, empresas vão atrás de oportunidades locais. Algumas companhias que ficavam situadas no subúrbio se instalaram na região central. Outras, vindas de diferentes estados, compraram edificações na cidade por baixo custo.

Parte desses novos investimentos na cidade tem sido estimulado por incentivos fiscais da Companhia Detroit de Crescimento Econômico, que trabalha para a realocação de áreas. Algumas iniciativas incluem a ocupação de edificações hoje vazias (ou abandonadas), como supermercados, plantas industriais (inclusive de automóvel e acessórios, que determinaram a prosperidade da região no passado), e complexos de distribuição.

Na prática, isso representará a fixação de novos negócios, e também a criação de muitas atividades de readequação e reforma predial em grandes áreas já construídas.

Prevê-se também a construção na cidade, no modelo PPP (parceria público-privada), de uma espécie de VLT que percorrerá o centro da cidade. O projeto tem custo estimado de US$ 140 milhões. O objetivo é aproveitar as largas vias de Detroit, que agora ficaram com número reduzido de carros devido à crise local.

De acordo com a prefeitura de Detroit, há ainda muitas edificações desocupadas — fala-se em 78 mil, sendo que 38 mil são consideradas comprometidas. Até o final do ano, 10 mil delas estarão demolidas.

Departamento de Transportedos EUA anuncia 52 projetos

O Departamento de Transporte dos Estados Unidos (DOT) anunciou 52 novos projetos em rodovias, vias urbanas, pontes, viadutos, linhas férreas, entre outros, com um fundo de US$ 474 milhões. A medida faz parte do chamado programa Tiger, que regularmente libera recursos para a infraestrutura e que tem o objetivo de estimular a economia do País.

Algumas localidades beneficiadas com o último pacote do programa incluem Kansas (para construção de via), Atlanta (corredor de trem), Rochester (reconstrução de viaduto) e Boston (ciclovias e calçadas de pedestres).

Mais US$ 121 milhões serão liberados ainda este ano dentro do programa Tiger para projetos em áreas rurais, avisou o departamento de transporte.

No total, o DOT recebeu 585 projetos, de todas as regiões dos Estados Unidos, interessados em receber recursos do programa. O valor envolvido em todos esses projetos registrados alcança US$ 9 bilhões.

Desde que foi criado, em 2009, cinco liberações de recursos para projetos foram feitas pelo programa Tiger, perfazendo um total de US$ 3,6 bilhões direcionados para 270 iniciativas.

Novo meio de transporte?

Elon Musk, fundador do PayPal, Tesla Motors e SpaceX, teve mais uma ideia (que ele considera o quinto modelo de transporte): o Hyperloop Alpha. O projeto propõe um veículo a percorrer uma tubulação a vácuo a uma velocidade de milhares de quilômetros por hora.

A diferença do Hyperloop dos modelos já apresentados com estas características é que o aparelho não percorre trilhos e a cápsula usada como meio de transporte flutua usando esquis sustentados a ar para sua suspensão. A energia seria gerada por painéis solares em cima da tubulação do próprio percurso.

O Hyperloop Alpha faria 600 km em meia hora, de acordo com o projeto. A empresa de Elon Musk queria implantar o projeto fazendo a ligação Los Angeles-San Francisco, mas o Departamento de Transporte da Califórnia não aprovou, apesar do custo relativamente baixo da iniciativa — atualmente, constrói-se uma linha de trem de alta velocidade entre as duas cidades.

“Ele está propondo uma nova tecnologia a um tipo diferente de trem”, explica William Ibbs, professor de engenharia civil da Universidade da Califórnia. “A engenharia é intrigante”, afirma ele, adicionando que é importante o novo conceito na indústria de transporte norte-americana.

Nova aquisição global

A norte-americana Jacobs Engineering Group anunciou que chegou a um acordo para comprar a firma australiana de projetos Sinclair Knight Merz (SKM), por US$ 1,2 bilhão — especula-se que a Jacobs poderá pagar US$ 336 milhões à vista para controlar a empresa.

O negócio posiciona a Jacobs no cobiçado mercado de mineração e infraestrutura da Austrália. Além disso, coloca a empresa norte-americana próxima de serviços nas áreas de indústria, governo e transporte.

A transação é ainda sujeita à aprovação dos acionistas da SKM e do governo australiano.

A Jacobs teve um faturamento global, em 2012, de cerca de US$ 11 bilhões com negócios em engenharia, construção, operação e manutenção. A SKM tem 6,5 mil empregados em 40 escritórios pelo mundo.

Análise de dados melhora distribuição de água

As redes de água, complexas ou não, costumam ser uma dor de cabeça para mantê-las. Em um período em que a água se tornou um líquido precioso, a melhoria do sistema, para que ela chegue às casas das pessoas com mais eficiência, sem que isso acarrete custo às contas, é um desafio.

No entanto, a adoção de softwares capazes de analisar dados sobre toda a rede de distribuição de água tem sido uma boa saída para a questão. Esses sistemas são capazes de medir a melhor forma de operação de bombas e válvulas, antecipar aumento de demanda, planejar intervenções, detectar problemas, buscar melhorias e, por fim, dar eficiência.

Alberto Polidori, modelador hidráulico da Aqua America, explica que há modelos virtuais de sistemas hidráulicos com os quais podem ser feitas simulações. A empresa tem várias aplicações na área e inclusive com projetos já testados.

Ele explica que os dados levantados e incorporados aos modelos virtuais são
capazes de apontar características físicas de uma rede, como elevação, largura das seções de tubulação, tipos de conexão e fricções.

Laura Jacobsen gerencia o sistema de água em Las Vegas, Estados Unidos, região de deserto e local onde o líquido vale ouro. Ela conta que era difícil reunir informações para análise de rede. “Não existia um caminho para visualizar os resultados. Interpretavam-se tabelas de números”, lembra.

Em Las Vegas, com 6,4 mil km de tubulação, atendendo a uma população de 1,3 milhão de pessoas, o problema se agravava. Existem ainda no sistema da cidade 41 reservatórios e 52 estações de bombeamento.

Entretanto, uma solução, chamada Skada, adotada pela empresa local de água, permitiu criar um banco de dados com confiáveis informações sobre a rede. A ele foi integrado programas e softwares que podem planejar operações para otimizar o uso da água e os custos de energia, além de estabelecer padrões mais racionais ao sistema.

O resultado veio rápido: Las Vegas tornou-se referência de uso otimizado de água nos Estados Unidos.

Bentley promove conferênciade infraestrutura

A Bentley Systems realiza seu evento anual, agora chamado conferência Year in Infrastructure, em Londres (Reino Unido), entre os dias 28 e 31 de outubro, com novidades. A programação terá quatro miniconferências envolvendo grandes temas. São eles: construções, transporte, energia e projetos EPCM.

O evento, que explora a intersecção entre a tecnologia e os negócios, apresentará em todas as miniconferências cases pelo mundo relacionados aos assuntos em questão. Workshops para CIOs e executivos sobre gestão de infraestrutura também integrarão a conferência.

Por fim, serão entregues o prêmio Be Inspired 2013 às empresas selecionadas nas áreas de projeto, execução e operação de obras de infraestrutura e edificações.

Mais informações pelo site www.bentley.com

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A ENR é uma publicação da McGrawHill, editora com mais de 100 anos de atividades e a principal no mundo com foco em Construção, Infraestrutura e Arquitetura. A revista O Empreiteiro é parceira editorial exclusiva da ENR no Brasil. Mais informações: www.enr.com

Fonte: Revista O Empreiteiro


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