Um dos principais termômetros da economia e uma importante força motriz do desenvolvimento, o setor de infraestrutura ainda não conseguiu superar o impacto da retração econômica e retomar o seu círculo virtuoso de crescimento.
Em parte, porque secou a fonte de financiamentos da Caixa e do BNDES, e, por outro lado, porque a Operação Lava Jato tirou do jogo grandes construtoras – algumas, de forma definitiva –, e que mantinham uma espécie de reserva de mercado. Estes fatores, combinados, trouxeram uma série de oportunidades impensáveis, até então, para empresas de médio porte do setor.
Superar as dificuldades impostas pela conjuntura econômica adversa, contudo, exigiu mais do que a maior abertura do mercado a novos players. Foi necessário se reposicionar. Com uma atuação centrada no setor privado, e tendo como core business, naquele momento, a construção civil, a Método Potencial Engenharia percebeu a grande oportunidade que se abria nos setores de Infraestrutura e óleo e gás – especialmente em montagens eletromecânicas -, e também na estruturação de projetos no modelo built to suit.
A Método então tomou a decisão estratégica de reforçar sua capacidade técnica e financeira e estabelecer parcerias. Também deixou de ser uma empresa que apenas executava obras, para desenvolver projetos, desde sua concepção até a estruturação do seu financiamento. Isso nos rendeu importantes avanços. Hoje somos a única empresa do setor com grande capacidade e expertise tanto em construção civil quanto em montagens, além de atuar na estruturação de projetos.
E as frentes de atuação não param de se abrir. Basta citar os próximos leilões de energia, nos quais despontarão novos projetos de termoelétricas; as oportunidades em concessões e PPPs de saneamento; o potencial de desenvolvimento de projetos estruturados em setores como o de educação e saúde; a retomada dos investimentos em infraestrutura logística, além de tudo o que se refere ao setor de gás natural
Cabe a nós, nesse cenário de múltiplas oportunidades, estruturar parcerias e aportar a expertise e tecnologia necessárias para que o Brasil dê um novo salto de crescimento, desta vez na direção oposta à dos velhos modelos corrompidos e pouco competitivos.
*Hugo Marques Rosa, presidente da Método Potencial Engenharia