Dos três blocos licitados no leilão da sétima rodada de concessões aeroportuárias, a Aena se destacou por arrematar o bloco liderado por Congonhas (SP) e composto por outros dez aeroportos em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Os outros blocos foram conquistados pelo consórcio da Socicam e a XP Asset. O leilão foi realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) na última quinta-feira, dia 18, onde 15 aeroportos foram concedidos à iniciativa privada e terminou com uma outorga total de R$ 2,7 bilhões e investimentos contratados de R$ 7,3 bilhões para os próximos 30 anos. A estimativa de aumento na movimentação nos três blocos juntos é de 24,7 milhões para 37,5 milhões de passageiros entre 2023 e 2052.
O Bloco conquistado pela Aena é o SP-MS-PA-MG, liderado por Congonhas (SP), e composto ainda pelos aeroportos Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul (MS); Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará (PA); Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais (MG).
A espanhola fez uma oferta de R$ 2,45 bilhões, valor 231% maior do que o mínimo definido em edital. O lance surpreendeu, principalmente porque a empresa foi a única interessada.
Além da outorga inicial, a empresa também terá que pagar outorgas variáveis ao longo da concessão de 30 anos. O desembolso chegará a 16,15% da receita bruta, a partir do nono ano do contrato.
Ao todo, estão previstos investimentos de R$ 5,9 bilhões. Em entrevista publicada no jornal Valor Econômico, Maria Rubio, diretora da Aena Internacional, falou sobre a oferta elevada e afirmou que a proposta foi resultado de um “estudo rigoroso”.
“Há uma complexidade enorme neste projeto e toda a equipe da Aena estava alocada para estudá-lo. Não há muitas oportunidades de projetos no mundo, e a expansão internacional é um objetivo dentro da visão estratégica da companhia.
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O Brasil é para nós muito importante e, quando estudamos, temos o máximo rigor. O resultado que vimos hoje é fruto desse estudo rigoroso e capaz de cumprir com todas as obrigações”, disse a diretora na entrevista.
A Aena opera 46 aeroportos na Espanha (entre eles, Barajas, em Madri), um no Reino Unido, 12 no México, dois na Colômbia e dois na Jamaica, além dos seis no Nordeste do Brasil. Uma vez incorporado, Congonhas será o quarto maior da companhia em todo o mundo.
O leilão
Outro bloco arrematado no leilão da ANAC, foi o Aviação Geral, integrado pelos aeroportos de Campo de Marte, em São Paulo (SP) e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro (RJ), e teve como vencedor a XP Infra IV FIP EM INFRAESTRUTURA, com ágio de 0,01% em relação ao lance mínimo inicial de R$ 141,3 milhões. O bloco foi arrematado por R$ 141,4 milhões.
Já o Bloco Norte II, formado pelos aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AP), foi conquistado pelas empresas Dix e Socicam, integrantes do Consórcio Novo Norte. O grupo pagou R$ 125 milhões pelos dois aeroportos do bloco, com ágio de 119,78% em relação ao lance mínimo inicial de R$ 56,9 milhões.