AES compra três parques eólicos por R$ 2 bi

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As três usinas são Ventos do Araripe (PI), Caetés (PE) e Cassino (RS) e somam 244 turbinas eólicas da Gamesa e GE. Os novos complexos estão contratados no mercado regulado até 2035 e representam um aumento de 62% na capacidade eólica em operação da AES. A aquisição pela AES Brasil dos três parques eólicos da Cubico Brasil irão adicionar 456 MW de capacidade operacional. Com isso, a empresa atinge 5,2 GW de fontes renováveis, sendo 4,2 GW operacionais e 1,0 GW em construção. A aquisição foi anunciada pela direção da empresa no jornal Valor Econômico, nesta terça-feira, dia 09.

Esta é a segunda aquisição que a AES faz da Cubico. A primeira transação aconteceu em 2020, quando a companhia pagou mais de R$ 800 milhões por dois ativos eólicos. Agora a empresa arremata os três últimos parques.

Já sobre iniciativas de aquisição que a AES efetua,  esta é a quinta, desde 2017, quando toda base de operação da empresa era apenas em fontes hídricas. Nesse período de cinco anos, a empresa dobrou a capacidade instalada e as fontes eólica e solar já ocupam quase metade do portfólio, sendo a energia dos ventos responsável por 43% da capacidade instalada. Com isso, a companhia se posiciona entre os três dos mais relevantes “clusters” eólicos do Brasil, ao lado de Engie e CTG.

A CEO da AES Brasil, Clarissa Sadock, disse que a empresa cresce em duas direções : “Hidrelétricas no Sudeste e ventos no Nordeste. Esta diversificação e complementariedade gera uma previsibilidade maior do nosso fluxo de caixa”. A executiva justifica ainda que, a opção pelos contratos regulados é porque geralmente são de longo prazo e não têm riscos de submercado, o que traz mais estabilidade financeira. “São contratos antigos atualizados pelo IPCA, eles são de R$ 190 por megawatt-hor (MW/h).”

A disponibilidade dos parques é próxima a 93%. Da mesma maneira como fez quando comprou outros parques, o plano da AES é modernizar os parques para que . tenham um desempenho igual ou melhor que os ativos que a empresa tem. Por isso, a AES colocou em contingência R$ 100 milhões para o processo.

Do total da transação, R$ 1,1 bilhão será via equity e R$ 928 milhões via dívida líquida com o BNDES e debêntures de infraestrutura.  Nos ativos em construção, são 322 MW no parque eólico de Tucano e as primeiras máquinas já começaram a operar. Já no complexo de Cajuína são mais 678 MW com previsão para 2023. Ambos somam R$ 2 bilhões de capex em execução no segundo semestre.

A fonte solar no pipeline, de 400 MW no Norte de Minas Gerais, tem vantagens por estar em região estratégica em relação ao fator de insolação, ficar no submercado do Sudeste e poder acessar as fontes do BNB e BNDES. Entretanto, segundo a empresa, os projetos estão aguardando o melhor momento, já que a pressão das cadeias globais, volatilidade do câmbio, alta demanda global e custo do frete estão encarecendo o segmento solar.

eolico
AES Brasil

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