A primeira subestação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca, na Grande Recife (PE), construída pela Alusa Engenharia, começou a funcionar em janeiro. A empresa deverá entregar mais seis subestações no complexo da Petrobras. A SE-5500, como é chamada, funciona como ponto de entrada da rede elétrica na refinaria. Ela também será responsável por colocar na rede pública a energia excedente produzida por termoelétrica a partir de termogeradores a vapor instalados dentro do complexo. A capacidade da subestação recém-inaugurada é de 100 MVA - capacidade para alimentar uma cidade com 400 mil habitantes. Márcio Borges, diretor de obras da Alusa, explica que a energização da subestação foi um grande desafio. “Não poderia haver erros. Todo o comissionamento foi focado na simulação de operação de todos os equipamentos. Um erro poderia ser um impeditivo para o funcionamento do sistema. Para evitar riscos, sistemas redundantes de proteção foram projetados nessa subestação”, explica o engenheiro eletricista. A SE-5500 é dividida em sala de controle (de 470 m²) e pátio, onde estão localizados os disjuntores, transformadores de corrente, transformadores de potencial, claves seccionadoras, entre outros itens. Até abril, a Alusa entregará mais três subestações (SE-5010, SE-5040 e SE-5050) com capacidade total de 600 MVA. A SE-5010, que fará a distribuição de energia às outras subestações, se interliga à SE-5000, que é onde está a casa de força com os termogeradores de 150 MW - cada módulo com 50 MW. Auxiliares à SE-5000 estão a unidade de ar comprimido e área de tanques de óleo combustível e água de processo, também executados pela Alusa. As duas últimas subestações 5020 e 5030 deverão ser entregues até o fim do primeiro semestre. Cerca de 80 operários realizam o projeto de subestações da Alusa na Rnest - no pico, foram 140. As execuções começaram no início de 2009. O contrato da empresa com a Petrobras gira em torno de R$ 1 bilhão. (Augusto Diniz)