Nem sempre uma obra pequena significa um desafio menor na engenharia. As três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Serra da Prata, construídas no extremo sul da Bahia, comprovam isso. Compostas pelas usinas Cachoeira da Lixa, Colino 1 e Colino 2, localizadas próximas aos municípios de Itamaraju, Vereda e Jucuruçu, juntas possuem capacidade instalada de 41,8 MW, reforçando o sistema energético da Coelba.
Características das PCHs Serra da Prata
- Cachoeira da Lixa: 14,8 MW de capacidade, barragem com 18 m de altura e canal de adução escavado em rocha.
- Colino 1: 11 MW, com barragem de 11 m e túnel de adução passando por diversas condições geológicas.
- Colino 2: 16 MW, vertedouro tipo tulipa e barragem de 27 m de altura.
Cada uma das usinas exigiu soluções de engenharia específicas, como o uso de túneis de adução, escavações em rocha, vertedouros diferenciados e estruturas de concreto adaptadas à geologia local.
Desafios logísticos e de acesso
O acesso às obras foi um dos principais desafios, com 28 km de estrada de terra acidentada e desníveis que chegavam a 460 m. A Construtora Norberto Odebrecht (CNO) executou 22 km de vias de acesso e quatro pontes, além de infraestrutura para abrigar 650 trabalhadores no canteiro.
Sustentabilidade e impacto social
A Renova Energia e a Odebrecht também investiram no desenvolvimento social da região com a implantação de uma horta comunitária, beneficiando 40 mulheres do entorno. A produção abasteceu o canteiro e gerou renda local.
Leia mais: SSE investe 2,5 bilhões de libras para dobrar energia renovável
Conclusão
As PCHs Serra da Prata na Bahia são um exemplo de como a engenharia brasileira supera desafios geográficos e técnicos para desenvolver projetos de energia limpa e sustentável. Além de incrementar a matriz energética, as usinas contribuíram para a geração de empregos e desenvolvimento socioeconômico na região.




