A consultoria Steinbock, com experiência na indústria pesada, aponta cinco etapas necessárias de superação no período de construção de um empreendimento de grande porte. A empresa dá exemplo nos recentes trabalhos realizados nos aeroportos internacionais de São Paulo e Rio de Janeiro os quais se envolveu – nesses locais, operação e construção realizados concomitantemente e prazos curtos de trabalho foram características típicas.
“Os cinco itens mencionados são um consolidado da experiência exclusiva em aeroportos. Todos os itens são interdependentes e complementares”, afirma o CEO da empresa, Matheus Munford.
A primeira etapa diz respeito à multiplicidade de interfaces, incluindo concessionárias, órgãos governamentais, construtoras e passageiros. De acordo com a consultoria, a gestão desses agentes passou a ser fundamental por que foi preciso definir estratégias de trabalho, produção e logística, além de futuras revisões de cronograma, com a participação de todos.
A segunda etapa está relacionada à implementação de um sistema de gestão robusto e eficiente das questões relativas à engenharia. Segundo a Matheus, isso permite uma rápida visualização de demandas, definições de projetos e a resolução de pendências de forma ágil e assertiva.
“Diria que planejamento e gestão são ainda hoje uma lacuna tão forte no setor, que certamente é um tema que tem relevância diferenciada para qualquer empreendimento de construção”, avalia o CEO.
Outro aspecto é a definição dos pacotes de contratação e entrega de materiais, evitando atrasos e impactos no empreendimento. Para a empresa, é fundamental que cenários de prazos e custos globais sejam desenhados e frequentemente revisados a fim de ajustar a estratégia de compras.
A quarta etapa é a garantia de que os processos de planejamento, programação e controle da produção tenham papel central na conexão de todos os demais setores de apoio ao trabalho, tratando de forma cíclica as prioridades de curto, médio e longo prazo.
Por fim, promover ações de otimização de processos no campo para aumento da produtividade, mantendo as equipes e recursos de produção enxutos, é premente. A Steinbock avalia que o aumento de mão de obra e o paralelismo de frentes de serviço não são suficientes para a recuperação de atrasos, e pode gerar efeitos contrários. A realização de ofensivas de produtividade, com foco na eliminação de desperdícios, é que resultará em ganhos de prazo e reduções de custos.
“As reduções de prazos intermediários ou de frentes de serviço críticas foram realizadas (no caso dos aeroportos) com o intuito de não deixar atrasar a obra como um todo, e dentro de possíveis combinações, reduzir o prazo global”, finaliza Matheus Munford.
Fonte: Revista O Empreiteiro