Desde o início da concessão da rodovia Presidente Dutra, em março de 1996, a CCR NovaDutra desenvolveu um conjunto de obras que revitalizaram a rodovia. Entre elas, a concessionária destaca:
– Construção de 35,7 km de marginais: 17,1 km, na Grande Rio de Janeiro; 12,8 km, na Grande São Paulo; e 7,6 km em São José dos Campos (SP).
– Eliminação de 35 travessias em nível.
– Construção de 318 km de barreiras de concreto.
– 12,1 milhões de m² de pavimento (reforma do pavimento existente).
– Construção de 33 novas passarelas.
– Construção de 16 novos trevos e acessos.
– Construção de 25 novas pontes e viadutos.
– Recuperação de 75 pontes, 33 viadutos e 15 passarelas.
– Implantação de 2,2 milhões m² de sinalização horizontal e 54,6 mil m² de sinalização vertical.
– Instalação de 120 km de telas antiofuscantes.
– Atuação em 293 pontos na contenção de encostas.
– Trevo de Guaratinguetá, no km 58/SP.
– Trevo de Cachoeira Paulista, no km 38/SP.
– Novo Viaduto em Pindamonhangaba, no km 92/SP.
– 2,6 km de vias marginais em São José dos Campos entre os km 146 e 148.
– Obras de terceira faixa em Guarulhos, Arujá e São José dos Campos.
– Obras adicionais de segurança.
Volume de tráfego
Para efeito de comparação, e a pedido da revista O Emptreiteiro, a concessionária selecionou informações sobre o volume diário de tráfego em dois trechos da Via Dutra e dois períodos da concessão:
– Trecho de Guarulhos (SP)
1999: 177 mil veículos/dia
2008: 251 mil veículos/dia
– Trecho de São João de Meriti (RJ)
1999: 39 mil veículos/dia
2008: 65 mil veículos/dia
CCR investe na
aquisição da SPVias
O grupo CCR, além das rodovias Presidente Dutra, Anhanguera e Bandeirantes, passou a administrar a Rodovias Integradas do Oeste S.A. (SPVias), que adquiriu no começo de agosto, por R$ 947,2 milhões.
Com esse volume de investimento, que inclui importantes vias como a Castelo Branco e a Raposo Tavares, a CCR passou a controlar 73,4% do capital social da SPVias, que responde pela concessão de 515 km de malha rodoviária, no Estado de São Paulo. No total, agora o grupo administra 2.400 km de rodovias paulistas, fluminenses e paranaenses.
A CCR tem, entre os seus sócios, as empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Serveng Civilsan.
Minas vai aplicar R$ 110 milhões
em terceiras vias e duplicações da MG-050
A Concessionária Nascentes das Gerais, que administra e opera o Sistema MG-050/BR-265/BR-491, principal via de ligação entre o Centro-Oeste e o Sudoeste de Minas Gerais, deve concluir, até o final de 2010, o investimento de cerca de R$ 110 milhões na construção de 55 km de terceiras faixas e de 10 km de duplicação.
O diretor-presidente da Concessionária Nascentes das Gerais, Emerson Bittar, informa que o Sistema MG-050/BR-265/BR-491, desde junho de 2007, quando teve início a concessão, recebeu aportes de R$ 180 milhões, o que, segundo ele, melhorou o padrão viário da estrada. "A Parceria Público-Privada (PPP) tem transformado a MG-050. Esse pacote de obras que está sendo executado é fruto de um modelo dinâmico de concessão", afirma Bittar.
De março a maio, foram iniciadas obras em 14 trechos. Ao todo, são 11 pontos de terceira faixa e mais três de duplicações em Mateus Leme, Formiga e São Sebastião do Paraíso. "Até outubro, a previsão é que várias terceiras faixas sejam aberta ao tráfego", diz Bittar.
As obras acontecem ao longo dos 371,4 km de extensão do Sistema MG-050, que começa em Juatuba, na região metropolitana de Belo Horizonte, e termina em São Sebastião do Paraíso, na divisa entre Minas Gerais e São Paulo. Os investimentos, segundo a concessionária, beneficiarão 30 mil veículos que passam por dia em toda a rodovia e uma população superior a 1,3 milhão de pessoas. Durante os 25 anos de concessão, o total de investimentos a ser realizado pela Nascentes das Gerais é de R$ 712 milhões.
Os recursos para a BR-104
e as obras na BR-101/Nordeste
Oministro Paulo Sérgio Passos, dos Transportes, inspecionou obras da BR-101, na Paraíba. Instigado pela imprensa local, ele garantiu que as obras de duplicação da BR-104, que se prolonga de Campina Grande, naquele Estado, até a divisa com Pernambuco, em Caruaru, estão asseguradas.
Por meio da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) posso garantir que estão assegurados recursos da ordem de R$ 119 milhões, para as melhorias previstas em projeto", disse ele, que se encontrava ao lado do diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Hideraldo Caron. A extensão do trecho a ser duplicado é de 71,7 km e inclui a restauração da pista existente.
As obras da BR-101
A conclusão das obras de duplicação da BR-101, que o ministro inspecionou, vai beneficiar a economia regional. A Paraíba conta com 129 km da BR-101 dos quais 84 já estão duplicados. Atualmente encontra-se em fase de estudo a duplicação do trecho de 70 km da BR-230 entre Campina Grande e Soledade. O superintendente do DNIT na Paraíba, Gustavo Andrade acha que a duplicação da BR-101 será concluída no prazo previsto.
Obra de primeira prioridade na malha rodoviária nacional, só recentemente, e com recursos iniciais da ordem de R$ 1,7 bilhão, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a BR-101 Nordeste começou a ser modernizada. É duplicada e pavimentada e, ao longo do trecho de 398,9 km, que vai do Rio Grande do Norte a Pernambuco, tem novos acessos, e obras de arte novas ou restauradas. Cerca de 65% dos trabalhos encontram-se concluídos.
Conforme projeto executivo elaborado para aquele trecho, houve recomendação para o emprego de pavimento de concreto – técnica aplicada há cerca de 40 anos no Contorno do Recife e que ainda apresenta boas condições de durabilidade.
A BR-101/Nordeste foi dividida em oito lotes para efeito das obras de duplicação e pavimentação. Desses lotes, três (1, 5 e 6) foram entregues aos Batalhões de Engenharia e Construção do Exército. Os demais lotes estão sendo tocados por consórcios privados. Embora as pistas estejam sendo executadas com pavimento rígido, os acostamentos e alguns acessos são executados com pavimento flexível.
Governo paulista investe R$ 3,9 bilhões em vicinais
Tribunal de Contas do Estado
listou vários problemas
que o DER promete resolver
No começo do ano, o então governador e atual candidato à presidência José Serra anunciou um investimento de R$ 3,9 bilhões para recuperação e pavimentação de estra
das vicinais. No evento realizado no Palácio dos Bandeirantes, ele lançou as fases 3 e 4 do programa Pró-Vicinais, que recuperaria 7,3 mil km de estradas e outro plano de pavimentação de estradas municipais, para mais de 3 mil km de vias.
Até o final de 2010, somadas as etapas 1 e 2 do programa, seriam reformados 12 mil km de estradas. A soma do Pró-Vicinais com o Programa de Pavimentação, daria 15 mil km de estradas pavimentadas. Seriam beneficiadas as regiões de Campinas, Itapetininga, Bauru, Araraquara, Cubatão, Taubaté, Assis, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Grande São Paulo, Araçatuba, Presidente Prudente, Rio Claro e Barretos.
O governo prometeu que as obras iriam melhorari a vida de quase 35,5 milhões de pessoas ou 70% da população do Estado. Segundo dados oficiais, a malha rodoviária do Estado de São Paulo possui 197,7 mil km e destes 175,8 mil km são de estradas municipais.
Naquele anúncio, o governo disse que seriam realizadas 1.158 obras, distribuídas por quase todas as cidades do Estado de São Paulo. Até o final do próximo ano, seriam investidos cerca de R$ 5 bilhões nas obras. Nas etapas 1 e 2 do Pró-Vicinais, lançado no ano passado, foram destinados R$ 1 bilhão para a recuperação de 4,6 mil km.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informa que a etapa 4 está começando. Acontece que as anteriores já apresentam problemas. Em julho passado, o Tribunal de Contas do Estado divulgou uma auditoria nas obras executadas entre fevereiro de 2008 e julho de 2009. Segundo o tribunal, cerca de 70% das obras rodoviárias vistoriadas apresentaram defeitos após um ano da data de entrega.
O tribunal levantou algumas hipóteses para a deterioração acelerada das reformas: falta de estudos que induzem a erros nos projetos, o que inclui avaliação incorreta dos modelos de tráfego; má execução, com materiais de qualidade inferior; falta de reforço de subleitos nos pavimentos e no sistema de drenagem; falhas de manutenção e ausência de fiscalização municipal, uma vez que as prefeituras controlam as vias locais.
Na época, o secretário dos Transportes, Mauro Arce, prometeu que as empreiteiras iriam reparar os erros. Para o DER, as estradas vicinais são projetadas para um trafego inferior a 8,2 t por eixo. O abuso ocorre, por falta de fiscalização, quando caminhões com até 12 t por eixo trafegam nas vias. Estradas como essas, se projetadas para receber cargas de 12 t teriam gastos até quatro vezes maiores, de acordo com o DER. Por isso, os projetos são executados para evitar custos exagerados e desnecessários. Mas o órgão admite que a metodologia para preparar projetos básicos de reformas de vicinais pode passar por aperfeiçoamentos. Outro problema apontado pelo TCE foi a largura reduzida das faixas que facilita o desgaste, afundamentos e trincas.
A autarquia, em resposta ao tribunal reconheceu várias dificuldades, tanto que constituiu uma comissão interna para analisar casos específicos. Afinal, o dinheiro para as reformas vem de pedágios recebidos em outras rodovias estaduais. Para o TCE, as auditorias não seguiram denúncias mas critérios pré-estabelecidos depois de uma escolha aleatória. Segundo o tribunal, foram analisadas in loco 67 obras em estradas vicinais. Para o DER, como algumas vias não recebem investimentos há mais de 30 anos, os problemas estruturais se acumulam e basta uma chuva para o desgaste e os escorregamentos aparecerem.
Fonte: Estadão