Bureau Veritas foca em oferecer conformidade do estudo de viabilidade à operação

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O Grupo Bureau Veritas passou a oferecer conformidade de estudos de viabilidade, dos projetos de engenharia, das execuções das obras de infraestrutura e das operações dos empreendimentos contratados, de acordo com a regulamentação de inspeção da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (SSPI), ligada ao Governo Federal.

A empresa certificadora, como a Bureau Veritas, terá sua atuação acreditada pelo Inmetro. “A prática resgata a confiança do setor no desenvolvimento de projetos”, explica Luiz Buff, vice-presidente de Construção & Infraestrutura do Grupo Bureau Veritas para América Latina.

A empresa já realizava os serviços no mercado, mas agora se centra em oferecer um conjunto de atividades no âmbito do PPI que, de acordo com Luiz, poderá contribuir para assegurar aos projetos mais qualidade técnica, atendimento aos requisitos, minimização de riscos e avaliação da capacidade técnica, dentro do que o contrato contemplar.

“O trabalho é essencialmente de avaliação técnica, para concessionárias antes ou depois de leilões”, diz. A certificação poderá facilitar financiamento, obtenção de licenças, entre outras demandas junto a vários agentes.

Porém, a regulação da SSPI ainda não é obrigatória às empresas, mas já vem sendo adotada em alguns editais de licitação.

O Brasil é o quinto mercado da multinacional francesa Bureau Veritas.

A empresa mais do que centenária é especializada em teste, inspeção e certificação (TIC), e desde 2012 diversificou sua atuação no Brasil.

Antes, muito concentrada no segmento de óleo e gás, passou a ter força em outras áreas, como infraestrutura e construção.

A aquisição pelo Grupo Bureau Veritas do Sistema PRI, em 2014 – hoje, com a integração consolidada -, foi um passo importante para esse crescimento, segundo o engenheiro. A companhia francesa tem já há alguns anos, feito várias aquisições de empresa no mundo para fortalecer seu portfólio.

Hoje, a Bureau Veritas trabalha no Brasil na revisão, viabilidade e licenciamentos, engenharia de valor, fiscalização e gestão de projetos. O executivo vê mudança de postura no mercado de infraestrutura e construção. “Basta olhar as concessionárias que assumiram os aeroportos recém-concessionados. São todos controlados por operadoras internacionais, quando isso antes não ocorria”, afirma.

Ele acredita que isso é uma tendência irreversível. “Na área de energia, por exemplo, tem players da China, Índia. Esse pessoal continuará vindo”, diz. Luiz reconhece que a economia se descolou da crise política, mas que o mercado ainda aguarda a definição das eleições desse ano: “Independente de quem ganhar, haverá crescimento forte”.

No setor de construção industrial, o vice-presidente avalia que os futuros projetos serão muito voltados à ampliação e digitalização (automação). “Há uma grande capacidade instalada ociosa, que pode atender o aumento de demanda”, finaliza. (Augusto Diniz)


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