O balanço que está sendo concluído mostra que em 2008 15,63 milhões de metros cúbicos de matas nativas desapareceram na forma de carvão para os mais diversos usos, de doméstico à alimentação de fornos para produção de ferro-gusa, ou 47,4% de todo carvão vegetal produzido no País. Outros 17,33 milhões de metros cúbicos vieram de florestas plantadas.
A produção de carvão para produção siderúrgica é uma das grandes responsáveis pela derrubada de florestas nativas, principalmente no Pará, Maranhão e em Minas Gerais. Não é possível quantificar de forma precisa a área devastada, por causa da grande variedade e da forma de exploração dos biomas, mas apenas para efeito de comparação para a produção do carvão proveniente de áreas plantadas foram usados 160 mil hectares de florestas.
O presidente do 1º congresso, Antônio Francisco Bellote, pesquisador da Embrapa Florestas, afirma que o evento surgiu da necessidade de mudança na composição da matriz energética e de estabelecer um novo paradigma de crescimento mundial.
“As energias deverão ser capazes de suprir a principal fonte de combustível, que é o petróleo, não renovável e que, possivelmente, se esgotará nas próximas décadas.
A melhor solução para esse contexto é investir na produção de biomassa florestal. Trata-se de uma fonte renovável e que tem balanço nulo no efeito estufa quando usada para energia, além de ser excelente fixadora de carbono quando empregada para outros fins”, explica.
Os organizadores querem inserir o tema florestas energéticas no debate nacional, criando um fórum para discussão dos plantios na geração de energia.
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A promoção do evento é uma parceria da Embrapa e governo de Minas Gerias, com a realização da Embrapa Florestas (Colombo/PR), Embrapa Agroenergia (Brasília/DF) e Sociedade de Investigações Florestais – SIF.
O congresso vai abordar quatro temas: Silvicultura e Produção de Biomassa; Inovações Tecnológicas dos Processos de Conversão; Derivados Energéticos de Alto Valor Agregado – Novas Tecnologias; e Sustentabilidade Ambiental, Social e Econômica.
O Brasil tem ocupado papel de destaque no cenário mundial pelo seu potencial e competência para realizar a transição da matriz energética de uma forma mais segura e menos traumática para a qualidade de vida, com garantia de abastecimento energético.
Esse potencial está baseado em quatro pilares: biodiesel, etanol, espécies alternativas e resíduos e florestas energéticas.
As plantações florestais ocupam, atualmente, 5 milhões de hectares no Brasil, o equivalente a menos de 1% da área agricultável de todo o território nacional. “Esse indicador mostra que o país tem, portanto, um grande potencial de crescimento de áreas com florestas plantadas. Além disso, possui tecnologia silvicultural reconhecida internacionalmente, água e energia solar, condições ideais para o crescimento de muitas espécies arbóreas. Essa posição favorável concede ao país grande vantagem competitiva no setor”, diz Bellote.
Fonte: Estadão