Casa de força subterrânea em porce III, na Colômbia

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A empresa Camargo Corrêa destaca, entre outras realizações no Exterior,
as obras da Usina Hidrelétrica Porce III, na Colômbia, e da linha de transmissão de energia elétrica
, que vai ligar Uíge a Maquela do Zombo, em Angola.

Porce III faz parte do aproveitamento hidrelétrico do Rio Porce e está localizada a nordeste do Estado de Antioquia, a 147 km da cidade de Medellín.
As Empresas Públicas de Medellín (EPM), responsáveis pelos serviços de água potável, tratamento de esgotos, geração e distribuição de energia elétrica, distribuição de gás natural e telecomunicações à população de Medellín, dividiram o processo de licitação para as obras em vários contratos. Um, por exemplo, foi para a construção da barragem; outro, para a construção dos túneis de adução e da central subterrânea. Um terceiro contrato foi para o fornecimento dos equipamentos eletromecânicos que serão instalados na usina. A Camargo Corrêa venceu as duas licitações abertas para a construção das obras civis.
De acordo coma empresa brasileira, a obra tem papel fundamental no plano de desenvolvimento do setor elétrico colombiano e sua construção visa a evitar um possível racionamento de energia no ano de 2010, no caso da manutenção das taxas de demanda pelo crescimento econômico daquele país.
O consórcio, formado por duas construtoras colombianas, a Conconcreto e a Coninsa, e liderado pela Camargo Corrêa, é responsável pelas obras civis de Porce III, que incluem a construção da barragem e as obras dos túneis de adução e da central ou casa de força subterrânea.
Alguns números refletem a grandiosidade do empreendimento: 5,6 milhões m3 de escavações a céu aberto e 1,8 milhões m3 de escavações subterrâneas, além de 4,2 milhões m3 para o aterro da barragem e mais de 340 mil m3 de concreto. Uma das peculiaridades das obras dessa usina será a distância de 12 km entre a barragem e a casa de força, o que ocupará grande parte dos 21 km de túneis a serem construídos no projeto.
O custo total do projeto está estimado em US$ 720 milhões, sendo que US$ 200 milhões serão financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e US$ 520 milhões serão provenientes de aportes do próprio cliente, a EPM. Só as obras civis devem representar, aproximadamente, US$ 450 milhões. As obras foram iniciadas em dezembro de 2005 e deverão estar concluídas neste ano de 2010.

Linha de Transmissão em Angola

A licitação ocorreu em 2007, promovida pelo Ministério da Energia de Angola, para a contratação de empresa para construir uma linha de transmissão de energia elétrica entre as cidades do Uíge e Maquela do Zombo, na República de Angola.
A Comércio Camargo Corrêa, empresa vencedora da licitação, assinou o contrato na modalidade "Preço Global", para a execução das seguintes obras:

  • Linha de Transmissão de 220 kV Circuito Simples entre Uige e Maquela do Zombo (200 km).
  • Subestação de 220 / 60 / 30 kV em Maquela do Zombo.
  • Implantação da Rede de Média / Baixa Tensão e Iluminação Pública de Maquela do Zombo.

O empreendimento tem como objetivo promover, em conjunto com as rodovias que estão sendo construídas na mesma região, o crescimento da agro-indústria local e recuperar o fornecimento de energia elétrica à cidade de Maquela do Zombo. Deverá atender também uma das regiões mais ao norte do país, estrategicamente localizada na zona fronteiriça com a República Democrática do Congo.
Angola recebe investimentos de grandes empresas petroleiras e de mineração, sendo esses setores responsáveis por cerca de 80% das suas receitas. O país apresenta, entretanto, situação muito precária no que diz respeito à infraestrutura. O pouco que existia no tempo colonial foi totalmente destruído pela guerra civil terminada em 2002. Além disso, os organismos governamentais não são dotados da capacidade técnica necessária. A infraestrutura básica se ressente da falta de recursos (insumos e mão de obra qulaificada) e o país dependente predominantemente de importações.
O valor do contrato, assinado pela Camargo Corrêa, é de US$ 108.749.289,68. Iniciada em agosto de 2008, a obra tem previsão para ser encerrada em maio de 2010.

Fonte: Estadão


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