Novo ciclo de investimentos das concessionárias privadas precisa de regras estáveis

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Essa mantra é velha, mas continua ignorada de tempo em tempo. Num governo em que tudo se negocia na casa de penhores em que se transformou o Congresso, eis que volta a ideia de se operar voos de longa distância a partir de Pampulha, em Belo Horizonte, agora que Confins ganhou novo terminal construído pela concessionária privada.
Difícil de se imaginar como atrair novos investidores aos empreendimentos de infraestrutura quando o próprio governo não se dá o respeito de manter as palavras empenhadas e sacramentadas em contrato. É o arraigado hábito do governante se achar dono da coisa pública, quando o public servant deveria estar lá para servir a população. Governante se acha dono até da informação, que muitas vezes é divulgada somente quando a imprensa apela para a lei.
Governo não pode se isentar da sua parte – em obras públicas Vitimas da queda brutal de arrecadação por conta da crise econômica, os três níveis de governo hoje fazem muito pouco em termos de investimentos em infraestrutura. Eles voltam a recorrer nesta hora às concessões e PPPs, criando editais cada um a sua maneira. Lembramos mais uma vez o sucesso das províncias e do governo do Canadá nestas duas modalidades, tanto para grandes projetos como para empreendimentos locais, graças a uma padronização dos formatos de contratos e das exigências dos editais.
Por que não mobilizar as projetistas e gerenciadoras de engenharia para atualizar esses estudos seguindo os padrões globais? É oportuno ainda lembrar que as três esferas públicas não podem se isentar de suas obrigações mínimas na manutenção da infraestrutura. Recapeamento das rodovias, tapa-buracos em vias urbanas, drenagem – para mencionar o óbvio. A escassez de recursos deveria levar o governo a cortar as despesas de custeio, para poder investir o mínimo. Infelizmente, as estatísticas mostram que mesmo com a recessão recém-finda, as despesas dos governos estaduais com pessoal continuam em alta. É a prática antiquada, porém presente, de ampliar o eleitorado nos quadros públicos — quando já se sabe que a eficiência não está mais no número de guichês para atender o público, mas na tecnologia digital da informação.

Oscar da Engenharia elege os melhores projetos em Cingapura — e faz lembrar o atraso dos contratantes públicos no País

A Bentley mantém a tradição do prêmio Be Inspired, que este ano foi realizado em Cingapura, no complexo hoteleiro Marina Bay Sands, que na verdade é um conjunto formado por seis edifícios curvilíneos, sustentando uma laje em balanço no topo onde se encontra o espaço de lazer, com a piscina de borda infinita mais fotografada do mundo – pendurada nas alturas! Veja a matéria de cobertura exclusiva da revista O Empreiteiro de como Aegea e Enorsul representaram o Brasil no certame, na categoria Redes de Água.
O prêmio reuniu centenas de trabalhos do mundo inteiro, com participação de proprietários/contratantes e empresas de engenharia que utilizam os mais sofisticados softwares de projeto — 5D — e gestão.
Para os jornalistas presentes, foi impossível ignorar que o Brasil ainda está na primeira infância desse processo no setor de obras públicas — com exceção do Exército e o governo de Santa Catarina. Contratantes de países desenvolvidos e de emergentes como China, Índia e Filipinas usam websites no internet para engajar a população e conquistar a sua adesão aos projetos, participando também no monitoramento dos trabalhos – exibidos por câmaras 24 h nos canteiros. Temos muito a aprender.
 
 
 
 

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