Nesta entrevista exclusiva para a revistaO Empreiteiro, Cláudia Godoy, diretora do Concrete Show, fala sobre o evento, antecipa novidades e anuncia a perspectiva de realização de negócios no valor de R$ 750 milhões. A edição 2011 acontece de 31 de agosto e 2 de setembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo,
• Quais são as expectativas para a próxima edição do Concrete Show?
Esta será a maior e melhor de todas as edições já realizadas até agora. A expansão para o Centro de Exposições Imigrantes permitiu que o evento crescesse ainda mais, sem perder seu foco. Esta edição será 46% maior e trará ainda mais expositores, novidades, lançamentos. Reunirá, em apenas três dias, a nata da construção civil internacional: serão 28 mil profissionais reunidos num único local.
Com o crescimento da área de exposição e a mudança nos horários da exposição – este ano a feira abrirá na parte da manhã também –, os visitantes poderão circular com mais facilidade e encontrar tudo o que for oferecido pelos expositores. O Concrete Show é um evento anual em que o mercado tem encontro marcado com a tecnologia e a inovação.
Além do mais, em 2012, o mercado terá o evento em dose dupla. Não só no Brasil, mas também na Índia. Dubai irá sediar o primeiro Concrete Show fora do território brasileiro.
• Que novidades estão previstas em relação ao evento propriamente dito?
O Concrete Show reúne toda a cadeia produtiva do concreto: equipamentos, produtos, serviços e sistemas construtivos. Teremos a presença de fabricantes e de tecnologias para blocos, pisos, pré-fabricados. Também lá estarão as construtoras e órgãos governamentais responsáveis por obras em pavimentação, edificação, infraestrutura.
Este ano, devido à demanda do mercado, haverá ainda outros destaques. Podemos citar a participação ativa de grandes marcas mundiais como Putzmeister, Liebherr, Gerdau, Volvo, Atlas Copco ,Schwing Stetter e Hyundai, por exemplo. Mas, todas as pequenas, médias e grandes empresas fazem parte deste show de tecnologia internacional que é o Concrete Show South America, consolidado como o segundo maior evento do mundo e o primeiro na América Latina.
• Como o momento vivido pelo País, com grandes projetos em andamento, contribui para o Concrete Show?
A demanda do mercado por soluções é evidenciada no dia a dia da obra. O Concrete Show tem o papel fundamental de trazer novidades, soluções em tecnologia, fornecedores e lançamentos. Sabemos que muitos negócios são iniciados e também fechados na feira. Nossa estimativa é de movimentação é de mais de R$ 750 milhões.
Além disso, com o Concrete Congress, geramos e divulgamos o conhecimento técnico e transferência de tecnologia. São informações de ponta que, muito rapidamente, serão aplicadas na prática, trazendo benefícios a todos os segmentos de mercado.
• O que o evento pode contribuir para o País?
O Concrete Show é mais que uma feira de negócios. É o grande ponto de encontro internacional de tecnologia do setor da construção civil latino americana no Brasil. O evento contempla feira de negócios, áreaoutdoorde demonstrações e evento técnico de conteúdo. A trajetória de sucesso do Concrete Show South America, que apresenta 342% de crescimento em sua área de exposição em cinco anos, demonstra o aquecimento da economia, o crescimento potencial e a demanda do setor da construção em nossa região.
O seu objetivo, frente ao cenário atual, é servir de catalisador de oportunidades e alavancar bons negócios para seus participantes, trazendo soluções para o setor. Entendemos que temos um papel importante e estamos cumprindo com ele.
O Concrete Show deste ano contará com espaço 46% maior em relação à edição anterior e, para comportar os seus 53 mil m² da feira, o evento mudou de local, transferindo-se para o Centro Exposições Imigrantes. Serão mais de 500 expositores nacionais e internacionais lançando e apresentando suas soluções para os mais de 25 mil visitantes esperados durantes os três dias de feira, o que representa um aumento de 25%. Já o número de expositores participando pela primeira vez do evento cresceu em 27%, trazendo mais novidades e opções aos visitantes.
• Até que ponto a crise internacional ameaça o sucesso do evento? Por quê?
Quando aconteceu a crise em 2009, vimos que o número de participantes internacionais e nacionais cresceu sensivelmente. O evento em 2010, por sua vez, cresceu 43% e não sentimos a crise.
Claro, é preciso cautela. Mas, também é necessário entender que o que é crise para alguns, gera oportunidades para outros. Existe um grande déficit no Brasil em infraestrutura, moradia, estradas. Com isso, há muito trabalho a ser feito. Em minha opinião, mais do que planejar o futuro e preocupar-se com problemas que nunca chegarão a nos abalar, é muito importante realizar o presente, arregaçar as mangas e dar forças a esta locomotiva, que é a construção civil, em nosso País.
• O que os empresários e o público visitante buscam em um evento como esse?
O Concrete Show é um evento que apresenta soluções e alavanca negócios para a cadeia produtiva do concreto e da construção civil. Apresenta equipamentos, produtos, serviços e sistemas construtivos à base de concreto e equipamentos pesados para construção e infraestrutura. O evento tem o mérito de, anualmente, reunir os profissionais de decisão do setor da Construção Civil internacional. Os números, em relação à exposição e visitação, colocam o evento no cenário mundial como o segundo maior do setor e o primeiro da América Latina, servindo de plataforma para lançamento de produtos, reforço de marca, vendas e, também,networking.
• Quantas pessoas estão envolvidas na sua organização?
Direta e indiretamente, o Concrete show apresenta mais de três mil pessoas envolvidas durante a montagem, realização e desmontagem.
• Como vê o futuro do Concrete Show e do setor de concreto no Brasil?
Vemos um Brasil novo, com economia forte, mercado aquecido e demanda por soluções em todos os aspectos. Temos experimentado, nestes últimos anos, uma excelente receptividade internacional. Todos estão atentos ao que acontece no Brasil. A cada dia, recebemos solicitaç
ões de empresas interessadas em participar desse mercado. Americanos, europeus, asiáticos e muitos outros querem mais informações sobre nosso mercado e, com isso, a participação dessas empresas cresce no Concrete Show.
Com relação ao mercado nacional, todos estão se superando, concretizando parcerias. A preocupação com a excelência cresce a cada dia.
O Concrete Show, por sua vez, tem que, anualmente, cumprir com o seu papel de trazer novas tecnologias, lançamentos, ofertar mais fornecedores e discutir temas importantes. O evento reflete o mercado e o momento.
Estamos na quinta edição e só registramos crescimento desde o início. Desde seu lançamento em 2007, o Concrete Show cresceu 342% em sua área de exposição. Conseguimos, inclusive, exportar nosso conceito. No ano que vem, pela primeira vez, teremos o Concrete Show India. Essa é uma demonstração clara e inequívoca do quanto o evento está forte e de como o mercado está aquecido.
• Como vê o promissor fato de uma jovem mulher se destacar, numa posição chave como a sua, dentro de um cenário que, até bem pouco tempo, era dominando pelos homens?
Venho sentindo esta mudança. Hoje, o mercado está muito mais aberto e mais receptivo a bons profissionais independentemente de serem mulheres ou homens. A demanda por profissionais de qualidade dentro da realidade brasileira hoje é um fator importante nesta mudança.
O Concrete Show nasceu de um sonho, de uma vontade e de uma determinação. Contou com o apoio de muitos homens importantes neste percurso, ninguém faz nada sozinho e nestes cinco anos tive a oportunidade de trabalhar em prol do evento com homens de extrema relevância e que acreditaram em nossa determinação.
Criamos um verdadeiro show de Concreto e me orgulho muito de, por algumas vezes, ter sido chamada de “a dama do concreto”. Não poderia ter escolhido material melhor por ser durável, resistente e imprescindível. ( risos)
• Qual é a sua formação?
Sou bacharel em letras, tradutora e interprete, noticiarista de televisão formada e design de interiores. No meu dia a dia acabo usando um pouco de cada coisa que estudei. Aos 17 anos, escolher a profissão para ingressar não é fácil, ainda mais nos anos 80. Mas, foi em 1993 que iniciei no setor de feiras, me apaixonei e me aprofundei na área comercial,marketinge novos negócios. Trabalhar com feiras de negócios precisa de vocação e transpiração, e exige muita atenção para identificar as oportunidades.
Fonte: Estadão