Iniciativas elogiadas, mas sem verba para obra de grande porte
Apesar do apoio à mobilização encabeçada pela OAB-MS e pelas lojas maçônicas estaduais, o diretor do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Marcelo Miranda Soares, afirmou que, no momento, não há orçamento disponível para a duplicação da BR-163, conhecida como “rodovia da morte”.
“Elogio a iniciativa, mas em tempos de crise e contenção de gastos, não vejo como executar uma obra dessa magnitude”, declarou em entrevista ao programa O povo se defende, da rádio AM Cultura 680.
Aumento da segurança depende de conscientização no trânsito
Marcelo Miranda destacou que, embora a duplicação da BR-163 esteja fora dos planos imediatos, investimentos emergenciais estão sendo realizados. Segundo ele, o foco atual é em:
- Operações tapa-buraco;
- Construção de terceiras faixas;
- Elevação de acostamentos;
- Reforço da sinalização horizontal e vertical.
O diretor também foi enfático ao afirmar que grande parte dos acidentes fatais decorre de imprudência, como invasão de pista contrária. “Não adianta construir pistas novas se o motorista continuar dirigindo de forma inconsequente.”
Mais de R$ 100 milhões em recuperação da rodovia
Apesar de descartar a duplicação da BR-163 por ora, o DNIT já destinou mais de R$ 100 milhões para recuperação de trechos críticos da rodovia. Três empresas estão atuando nos pontos mais críticos para melhorar a trafegabilidade e minimizar riscos.
OAB-MS cobra ação imediata: “A vida deve ser prioridade”
Após tomar conhecimento da posição do DNIT, Fábio Trad, presidente da OAB-MS, lamentou a decisão. Para ele, mesmo em tempos de crise, a preservação da vida deve ser prioridade absoluta do Governo Federal.
“O investimento em infraestrutura rodoviária salva vidas. Essa obra precisa ser encarada como urgente, não opcional”, declarou Trad.