Pré-sal deve gerar milhares de empregos e aumentar demanda por profissionais qualificados

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O anúncio do novo marco regulatório do pré-sal reacendeu as expectativas de crescimento no mercado de trabalho do setor de petróleo no Brasil. Mesmo com a exploração em estágio inicial, a expectativa é de que milhares de novos empregos sejam gerados nos próximos anos, impulsionando a economia e a qualificação profissional.

Segundo José Luiz Marcusso, gerente-geral da unidade de exploração e produção da Bacia de Santos, da Petrobras, a instalação de novas bases da estatal já vem refletindo no aumento da oferta de trabalho. “Cada obra pode gerar cerca de 2.000 empregos diretos. Além disso, empresas parceiras da Petrobras devem impulsionar a criação de empregos indiretos”, explica.

Salários atrativos e concurso público

A remuneração inicial para cargos de nível superior varia entre R$ 4.800 (administração) e R$ 5.200 (engenharia de petróleo). Para cargos técnicos de nível médio, os salários giram em torno de R$ 2.200. O ingresso se dá por meio de concursos públicos.

Expansão da infraestrutura

A Petrobras já planeja a construção de uma nova sede em Santos (SP), além de dois pontos de apoio aéreo, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro, para facilitar o transporte de equipes às plataformas marítimas.

Faltam profissionais qualificados

Apesar das boas perspectivas, o país ainda sofre com a escassez de profissionais especializados em petróleo e gás. “As áreas de mecânica pesada e eletromecânica terão alta demanda. Pode faltar mão de obra qualificada, e empresas devem buscar profissionais no exterior”, alerta Ruy Quintans, professor do Ibmec.

Perfil ideal do profissional do pré-sal

Além da formação específica, o profissional deve dominar o inglês técnico e estar preparado para o regime de revezamento nas plataformas, com turnos de 15 dias em locais isolados. Disciplina, foco e respeito às normas de segurança são características essenciais.

Investimento em qualificação

Com a intensificação da exploração da camada do pré-sal, cresce também a necessidade de formação técnica e superior. “A Petrobras e outras empresas do setor também investem na capacitação dos seus profissionais”, afirma Quintans.


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