O segmento de locação no Brasil se encontra em um ciclo de crescimento, mas quando comparado com outros mercados internacionais ele ainda precisa de maturação. A avaliação é de Gustavo Lima, CEO da Estaf Equipamentos, uma das cinco maiores locadoras de plataformas aéreas no país e a décima em geradores de energia. “O setor vinha crescendo a taxas de 20% a 30% ao ano, até 2012, mas deve expandir muito pouco em 2013, algo em torno de um dígito”, estima Lima. Para o executivo, essa retração está ligada ao fraco crescimento do PIB nacional em 2013. “Principalmente com relação aos investimentos em infraestrutura, que apesar de terem sido prometidos, sequer saíram do papel”, comenta.
Apesar disso, a Estaf Equipamentos vem se destacando nesse segmento. “Buscamos novos mercados para compensar a acirrada concorrência devido à diminuição de projetos e obras de infraestrutura. Estamos encerrando o ano com um faturamento na casa de R$ 52 milhões. Nossa expectativa é expandir esse valor em 13%, em 2014”, revela Lima. A empresa vem concentrando esforços para aumentar a carteira de clientes nas áreas da indústria e de serviços na sua receita. “A construção civil ainda responde por 70% do nosso faturamento, mas a nossa meta é chegarmos a 50% construção civil, 30% indústria e 20% serviços, nos próximos três anos”, detalha.
O executivo acredita que o segmento de locação dos equipamentos ainda tem muito para crescer no país. “Nossa taxa de penetração está entre 15 e 20%, enquanto nos Estados Unidos gira em torno de 50%. O maior desafio é profissionalizar as companhias do setor, que ainda atuam sem sistemas, processos e políticas que atendam diretrizes de governança corporativa”, avalia.
Fonte: Redação OE