Máquinas e equipamentos, alimentos e produtos para casa e construção estão entre os itens que serão oferecidos aos importadores angolanos durante a FILDA 2009, em Luanda. Cerca de 50 empresas brasileiras participam, de 14 a 19 de julho, da Feira Internacional de Luanda (FILDA), em Angola, sob a coordenação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Representantes dos setores de máquinas e equipamentos, alimentos, casa e construção, as empresas esperam ampliar negócios com o mercado angolano, além de abrir novas oportunidades de exportação para aquele país.
A Apex-Brasil realizou um Estudo de Oportunidades que identificou boas possibilidades de negócios em Angola para produtos como frutas, carnes, peixes, aparelhos e instrumentos mecânicos, ferramentas eletromecânicas, máquinas para a industrialização de alimentos e bebidas, aparelhos para trabalhar pedra e minério, produtos de metais não-ferrosos, plásticos, produtos cerâmicos, vidros, embarcações, veículos automotores e suas partes.
“Angola enfrentou quase 30 anos de guerra civil e o Brasil tem sido um grande aliado no processo de reconstrução do país. Desde 2002, quando o governo passou a investir recursos da venda de petróleo em energia elétrica, saúde, transportes e educação, além de atrair capital privado, empresas brasileiras se tornaram parceiras do país e hoje, dezenas delas atuam em território angolano, especialmente na recuperação da infraestrutura”, diz a Apex em comunicado.
As exportações brasileiras para Angola cresceram 62% entre 2007 e 2008, alcançando quase US$ 2 bilhões, sendo mais de 80% em produtos industrializados. A corrente de comércio entre os dois países praticamente duplicou nesse período, atingindo US$ 4,2 bilhões. Com isto, Angola passou a ocupar a 23ª posição entre os destinos das exportações brasileiras, à frente de países como Canadá, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Austrália e Índia.
“O Brasil trabalha para ser o principal fornecedor de infraestrutura para Angola, posicionando-se como parceiro estratégico ideal para o desenvolvimento do país, mesmo porque o nosso relacionamento não envolve apenas negócios, mas também entretenimento, turismo, cultura e educação”, afirma o presidente da Apex-Brasil Alessandro Teixeira. Ele lembra ainda que os empresários brasileiros não apenas exportam produtos industrializados para Angola, mas incentivam a produção local por meio de investimentos, assessoria, serviços especializados e, principalmente, repasse de tecnologia industrial e agropecuária.