Usinas e hidrovia: O investimento na geração de energia hidrelétrica

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O investimento na geração de energia hidrelétrica no Complexo do Rio Teles Pires (projetos para seis hidrelétricas) e também no Complexo do Rio Tapajós (projetos para cinco hidrelétricas) pode formar um plano logístico amplo, com a realização de um outro projeto já antigo: a construção da hidrovia Tapajós-Teles Pires, do município de Santarém, no oeste do Pará, ao norte do Mato Grosso, dentro da Amazônia.

É o que entidades do setor produtivo do Mato Grosso, reunidas sob o Movimento Pró-Logística, vêm cobrando. O objetivo central da hidrovia Tapajós-Teles Pires é dar vazão, com menor custo, à produção agropecuária (fundamentalmente de grãos, isto é, soja) do Mato Grosso e outras áreas do Centro-Oeste, destinada ao exterior.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o complexo da soja (o grão e seus derivados) respondeu, em 2011, por 9,4% de todas as exportações brasileiras, gerando uma transação de US$ 44 bilhões, 41% acima do registrada em 2010. É o quarto item em importância da cesta de exportações brasileiras. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, atrás dos Estados Unidos. O Mato Grosso é o estado líder na produção do grão no País.

A formação da hidrovia, que teria uma extensão de mais de 1.000 km navegáveis, depende de que o plano hidrelétrico preveja também a construção de eclusas junto às usinas. Hoje, isso não está contemplado — repetindo, assim, o erro estratégico já ocorrido em Tucuruí, cuja eclusa também foi construída depois da usina pronta, elevando seus custos porque envolveu a montagem de um novo canteiro de obras anos depois.
A hidrovia Tapajós-Teles Pires viria desde o porto de Santarém, na foz do Tapajós no rio Amazonas, passaria pela confluência dos rios Teles Pires e Juruena (que formam o Tapajós) e chegaria à localidade chamada Cachoeira Rasteira, dentro do município de Apiacás (MT). Em Cachoeira Rasteira seria construído um terminal graneleiro, para embarque, e se estabeleceria a conexão com o transporte rodoviário.


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