A Engie, grupo controlador da Tractebel e maior geradora privada de energia do Brasil, segue expandindo sua presença em diferentes frentes do setor energético, com forte ênfase em fontes renováveis e de baixa emissão de carbono. Com 10.212 MW de capacidade instalada em 28 usinas (hidrelétricas, termelétricas e parques eólicos), a companhia representa cerca de 6% da capacidade total de geração de energia do país e fatura anualmente cerca de R$ 7 bilhões.
Parques eólicos e termelétricas em construção no Brasil
Entre os empreendimentos em desenvolvimento pela Engie estão:
- Complexo Eólico Campo Largo (327,7 MW) – Bahia
- Complexo Eólico Santa Mônica (97,2 MW) – Ceará
- Parques Estrela, Ouro Verde e Cacimbas (29,7 MW cada) – Ceará
- Usina Termelétrica Pampa Sul (340 MW) – Candiota (RS)
A UTE Pampa Sul, movida a carvão, ainda em fase de construção, conta com grandes equipamentos em montagem, como caldeiras, turbinas e a chaminé. O sistema de correia transportadora de carvão terá 4,17 km de extensão e capacidade para transportar 550 toneladas por hora, com previsão de operação em 2019.
Descarbonização e venda de termelétricas
Apesar de novos investimentos, a Engie segue sua estratégia global de descarbonização. O grupo já iniciou o processo de venda de duas unidades:
- Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (857 MW) – Santa Catarina
- UTE Pampa Sul (340 MW) – ainda em construção
Além disso, a Engie desativou em 2017 a termelétrica de Charqueadas (RS) e mantém em operação apenas a de Willian Arjona (MS), com 190 MW.
“O foco do grupo está cada vez mais voltado para a geração de energia limpa e renovável, com fontes hídrica, eólica, biomassa e solar”, destaca Mauricio Bähr, CEO da Engie no Brasil.
Energia solar: da geração centralizada à distribuída
A energia fotovoltaica é outra frente de atuação da Engie no país, com projetos tanto em escala centralizada quanto distribuída:
• Central Fotovoltaica Assu (30 MW) – RN
A usina solar no Rio Grande do Norte, com investimento estimado de R$ 220 milhões, aguarda liberação para início das obras, com previsão de operação em novembro de 2018.
• Projeto Bônus Eficiente – SC
Em parceria com a Celesc, a Engie irá subsidiar a instalação de painéis solares em mil residências catarinenses. O retorno do investimento é estimado em 3 a 4 anos, com vida útil de 25 anos para os equipamentos.
Jirau entra em operação plena e representa 1/3 da capacidade da Engie
A Usina Hidrelétrica Jirau, localizada no rio Madeira (RO), entrou em operação plena em dezembro. Com 50 turbinas bulbo e capacidade de 3.750 MW, Jirau responde por mais de 30% da geração da Engie no Brasil.
O empreendimento, operando a fio d’água, teve custo total de R$ 19,5 bilhões, sendo financiado majoritariamente pelo BNDES. Jirau é controlada pela ESBR – Energia Sustentável do Brasil, consórcio formado por:
- Engie (40%)
- Eletrobras Eletrosul (20%)
- Eletrobras Chesf (20%)
- Mizha Participações (20%) – subsidiária da Mitsui (Japão)
Resumo dos principais investimentos da Engie Brasil:
Projeto | Fonte | Local | Capacidade |
---|---|---|---|
UHE Jirau | Hidrelétrica | RO | 3.750 MW |
Campo Largo | Eólica | BA | 327,7 MW |
Santa Mônica | Eólica | CE | 97,2 MW |
UTE Pampa Sul | Termelétrica (carvão) | RS | 340 MW |
Assu Solar | Fotovoltaica | RN | 30 MW |
Jorge Lacerda (à venda) | Termelétrica | SC | 857 MW |
A Engie reforça sua posição como protagonista da transição energética brasileira, combinando grandes empreendimentos de geração renovável com estratégias de descarbonização e inovação tecnológica.