Um estudo, realizado pelo Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea), patrocinado pela Associação Brasileira de Embalagem de Aço (ABEAÇO), para levantar dados de resistência mecânica de várias embalagens de massa corrida, mostrou que a lata de aço de 18L é mais resistente que outros materiais em relação a seu desempenho físico-mecânico frente aos ensaios de compressão dinâmica e queda livre. Durante a medição, as quatro embalagens avaliadas – balde plástico, barrica, caixa de papelão ondulado e lata de aço – apresentaram bom desempenho, mas a lata se destacou pela maior resistência.
De acordo com a pesquisadora científica do CETEA/ITAL, Fiorella Dantas, a lata de aço não apresentou vazamento pelo sistema de fechamento ou qualquer tipo de rompimento no corpo da embalagem durante os testes mencionados. "Isso constata que a lata com um sistema de fechamento eficiente resiste aos impactos mesmo em alturas mais elevadas", comenta.
Conforme a gerente executiva da Abeaço, Thaís Fagury, os testes científicos só vêm comprovar o que as companhias pertencentes à indústria do aço fazem questão de ressaltar: que além de resistente, a lata é confiável para acondicionar massa corrida.
Raio-X do Teste – O teste de resistência aplicado pelo CETEA leva em consideração uma simulação de peso máximo de empilhamento ao qual uma embalagem é submetida por meio de aplicação de carga com incremento constante até que seja constatada deformação. Ou seja, mede-se a resistência a uma aplicação de força axial.
Os testes de compressão dinâmica realizados com embalagens de massa corrida de 18L foram avaliados com base em dez repetições. A lata de aço apresentou 756,4 kgf de resistência média, com resultados variando de 681,2 kgf a 862,0 kgf.
Para saber qual a resistência ao impacto por queda livre, as embalagens foram largadas a uma altura de até 1,20m por três vezes e analisadas três posições de impacto: topo, lateral e fundo.
A lata de aço não apresentou vazamento do produto em nenhuma das posições. A caixa de papelão ondulado sofreu rompimento do saco plástico utilizado internamente quando a embalagem caiu com o fundo para baixo. A barrica apresentou falha em todas as posições, porém nem todas com vazamento do produto: quando largada lateralmente, não houve vazamento, mas o fundo se abriu; quando largada com a tampa para baixo ocorreu vazamento do produto e, quando largada com o fundo para baixo, ocorreu vazamento em um dos testes. Já com o balde de plástico, no teste com a posição lateral, a tampa foi aberta nas três quedas.
Fonte: Estadão