A Minerbo Fuchs acaba de concluir as obras de novas instalações para a empresa Mausa S.A. Trata-se de uma edificação que irá receber, em 30.700 m² construídos, a planta fabril e a sede administrativa da indústria que é importante fabricante de pontes rolantes e de equipamentos para diversos setores da economia. A nova unidade industrial conta com arquitetura, engenharia e gerenciamento de obra realizados pela Minerbo Fuchs. O empreendimento possui um lago artificial, criado para reservar as águas pluviais que incidem sobre os telhados das edificações, o que permite reaproveitamento para combate a possíveis incêndios, além de reuso de água no processo industrial, na irrigação de jardins e no abastecimento dos sanitários. Foram utilizados domos prismáticos, redutores de carga térmica e difusores de iluminosidade, conjunto que permite operar sem uso da iluminação artificial ao longo do dia. Lanternins na cobertura e venezianas industriais nas fachadas garantem a captação de iluminação e ventilação naturais. As coberturas de telhas zipadas com manta de lã mineral proporcionam isolamento termoacústico, o que reduz sensivelmente o calor irradiado pela cobertura e o ruído em dias de chuva. Nas edificações das áreas administrativas, foram adotados brises horizontais que reduzem a luz direta, película termo-refletora no vidro para bloqueio dos raios nocivos e cortinas roll-on que controlam a luminosidade natural quando necessário Coberturas estanques A ArtServ traz um conceito inovador em coberturas para edificações industriais. São painéis metálicos estendidos e conformados no próprio local, onde serão fixados por meio de clipes especiais que permitem a expansão e a contração térmica da cobertura. Içado na cota da estrutura do telhado, um equipamento especial “desenrola” uma bobina metálica em painéis contínuos, sem emendas, que podem chegar até a 100 m de comprimento, estendidos e fixados diretamente na estrutura. A junção desses painéis é feita mediante sobreposição e dobra das bordas laterais ao longo de todo o seu comprimento. As bordas são unidas e dobradas por um processo denominado “zipagem”, realizado por máquinas portáteis. As bobinas podem ser fornecidas em aço galvanizado, aço galvalume, alumínio e até em aço inox. O aço galvalume – revestimento na liga de alumínio e zinco – é o mais utilizado, por proporcionar uma vida útil superior com baixo custo. Todos esses materiais podem ainda ser fornecidos com pré-pintura de fábrica, quando necessário. Projetistas de coberturas de grande porte têm optado pelo sistema de telha zipada devido ao baixo custo, à baixa manutenção e à ausência de vazamentos. O sistema oferece outras características: 1. Estanqueidade – As telhas são contínuas, sem emendas no comprimento (até 100 m) e zipadas mecanicamente, sem parafusos ou rebites aparentes. 2. Custo-benefício – Telhas sem emendas e fabricadas no local evitam a perda de material, geram baixa manutenção ao longo do tempo e diminuem o custo de transporte. Além disso, o sistema de cobertura tem maior durabilidade. 3. Rapidez e precisão na instalação – A inexistência de emendas, a zipagem por máquinas portáteis e os acessórios adequados agilizam o desenvolvimento da obra e seu cronograma. 4. Isolamento termoacústico – O sistema permite a aplicação de isolamentos tipo Facefelt ou, ainda, a aplicação de telha dupla, com uma manta isolante entre a telha zipada superior e a telha trapezoidal inferior. Com este processo a cobertura adquire um grau de estanqueidade ainda maior. 5. Aplicação em coberturas quase planas – A eficiência do sistema possibilita sua aplicação em coberturas quase planas, com declividades mínimas de até 3%. 6. Recobertura sem paralisação da produção – O ArtServ 65/456 pode ser utilizado em telhados já existentes, danificados e com vazamentos. Sua versatilidade permite a aplicação externamente, sem interrupção nas atividades da empresa. Viaduto urbano em Anápolis (GO) A cidade de Anápolis (GO) não é diferente das metrópoles em relação à mobilidade urbana. Nos últimos anos ocorreu um aumento substancial na aquisição de carros, o mesmo influenciou negativamente o trânsito, como consequência deu-se origem a muitos conflitos para a população Anapolina. Segundo o engenheiro Clodoveu Reis, secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável de Anápolis - Sendus, um dos grandes problemas que a cidade enfrenta é a confluência entre as avenidas Presidente Kennedy e Universitária; a primeira dá acesso a toda região norte da cidade, a segunda dá passagem a uma região muito habitada e as principais Universidades. Nos horários de pico acontecem vários transtornos no encontro dessas avenidas, como acidentes, engarrafamentos, ocasionando atrasos no percurso. A solução para sanar esses problemas foi construção de uma trincheira. O primeiro viaduto urbano da cidade ligará essas duas avenidas, possibilitando mais tranquilidade e fluidez na transição dos carros nessa área, propiciando redução do tempo no trânsito. É responsável pela construção da trincheira um consórcio formado pelas empresas Construmil e Trade Engenharia. Sua extensão será de 320 m. Serão utilizados no empreendimento mais de 760 m³ de concreto, e 718 t de perfis metálicos. A Sete Engenharia forneceu os Projetos de Fundação dos dois viadutos e das Contenções, sendo responsável também pela Cravação dos perfis e Execução dos tirantes. Equipamento executa sondagem a percussão Tudo começou na década de 1940, quando Odair Grillo (então Diretor da Divisão de Solos do IPT) retornou dos EUA portando um equipamento de sondagem a percussão manual, o primeiro a ingressar e permanecer em território brasileiro. Segundo Othelo Machado, pouco antes desse fato, a empresa LIGHT pode ter sido a real precursora do método, ao utilizá-lo nos canteiros de suas obras no País, por recomendação de seu consultor. Se confirmado, esse dado histórico seria especialmente interessante, visto que o referido consultor era ninguém menos que Karl Terzaghi, famoso por ter estabelecido os fundamentos básicos da Mecânica dos Solos e também por ser o inventor desse método de sondagem. No método da sondagem a percussão, a sigla “SPT” significa Standard Penetration Test, ensaio concebido por Terzaghi, para medir a resistência do solo em escala reduzida, em analogia ao comportamento do maciço de solo quando nele se crava uma estaca sob golpes do martelo (do bate-estaca). No ensaio SPT, um amostrador tubular padronizado (Ø2½’’) é introduzido no interior de um furo a trado (Ø100mm) e pousado no fundo, em contacto com o solo. O controle dessa operação implica a anotação do número de golpes necessários para que o amostrador penetre 15cm no solo. Ao se completarem três ciclos consecutivos, cada qual com avanço de 15cm, o ensaio é encerrado (3 x 15cm = 45cm). Em um mesmo furo, o ensaio é repetido a cada metro de profundidade, até que seja alcançada a metragem total previamente estabelecida, ou sempre que, seja encontrada uma camada impenetrável como rocha. Ao mesmo tempo, é feita a coleta da amostra do solo. No Brasil convivem atualmente dois sistemas: o tradicional, utilizado pela grande maioria das empresas, operado manualmente, enquanto que o mecanizado é executado por poucas. Sistema Manual Dada a baixa rigidez das hastes utilizadas, esse sistema tende a acentuar a dispersão dos índices SPT coletados a profundidades crescentes, acrescido do efeito mola emprestado ao equipamento pelo procedimento de “corte” empregado da limpeza dos furos, efeito que se torna mais intenso a partir de 12m ou 15m de profundidade. Outro fator que também tende a distorcer o índice SPT na sondagem manual é a utilização da circulação de água pela tubulação da sondagem: se no momento do ensaio SPT o solo estiver umedecido, isto pode induzir a uma significativa queda dos respectivos índices de resistência. Também na sondagem manual tende a ser maior a possibilidade de ocorrer erro humano, em razão das limitações físicas dos operadores. Sistema Mecanizado Com respeito à qualidade de resultados, este sistema apresenta desempenho superior em relação ao sistema manual, mantendo o padrão mesmo ao longo de furos mais profundos (por algumas dezenas de metros). Diante de todo o passado do sistema manual, torna-se estranho o fato de as empresas brasileiras tradicionais do setor não terem adotado mais cedo o sistema mecanizado, ao contrário da Austrália que o fez na década de 1960 e os Estados Unidos, nos anos 1950. No sistema mecanizado o equipamento é montado em veículos automotivos (sobre rodas ou esteiras), com a sonda dotada de motor independente para acionar seus sistemas hidráulicos de avanço, não só referente a trados helicoidais vazados - hollow steam auger na perfuração em solo, como também à composição de hastes, barriletes e brocas diamantadas (perfuração em rocha): um único equipamento executa sondagem a percussão e rotativa no mesmo ponto. A perfuração do solo ocorre sem necessidade de circulação de água, pois a ponta do trado vazado é removível, através de haste interna. Este expediente permite o acesso do amostrador ao fundo do furo, no nível estabelecido para a realização do ensaio SPT, o qual desta vez é executado pelo martelo automático, previamente ajustado para controlar a altura de queda do peso. Com a mecanização da perfuração e do ensaio penetrométrico, criam-se condições mais confortáveis para o sondador organizar melhor seus serviços, seja controlando o avanço do furo, as profundidades de ensaio, a contagem do número de golpes em cada avanço de 15cm, acondicionando e etiquetando amostras, preparando boletins de campo, etc. O método mecanizado resulta em vigoroso aumento da produtividade dos serviços de sondagem a percussão, em média 3 (três) a 4 (quatro) vezes superior à do método manual, concorrendo para reduzir os prazos de execução dos serviços, mantido o mesmo nível de custo. Apesar do diferencial positivo do método mecanizado (confiabilidade dos resultados e maior produtividade), sua difusão vem sendo lenta no Brasil, dada a desinformação, combinada ao nível de investimento exigido para aquisição dos equipamentos mecanizados. Fonte: Estadão